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Internacional
Terça - 31 de Outubro de 2006 às 11:49

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A Coréia do Norte aceitou retomar as negociações multilaterais sobre seu programa nuclear, disse a chancelaria chinesa na terça-feira, cerca de três semanas depois do primeiro teste nuclear norte-coreano.

Em uma reunião informal em Pequim, China, Estados Unidos e Coréia do Norte decidiram retomar as negociações num futuro próximo, disse o ministério chinês em seu site.

Os outros três países envolvidos na negociação são Rússia, Japão e Coréia do Sul. O processo estava em sua quinta rodada, em novembro passado, quando foi abandonado pela Coréia do Norte, em reação a restrições financeiras impostas pelos EUA.

Christopher Hill, secretário de Estado adjunto dos EUA, se reuniu em Pequim com um representante norte-coreano e, na entrevista coletiva posterior, disse que o diálogo será retomado em novembro ou dezembro.

Ele disse que, apesar da retomada, serão mantidas as sanções impostas no dia 14 pela Organização das Nações Unidas (ONU) à Coréia do Norte em reação ao teste nuclear do dia 9.

Paik Hak-soon, diretor de estudos norte-coreanos no Instituto Sejong, de Seul, disse que a volta às negociações condiz com a política oficial de Pyongyang, de buscar a desnuclearização por meio do diálogo.

"A confrontação (entre EUA e Coréia do Norte) havia atingido um pico, mas ninguém podia se dar ao luxo de uma guerra, então a possibilidade de diálogo havia aumentado também", afirmou Paik.

"Não significa que haverá uma solução imediata, mas a crise provavelmente entrará num período de latência."

Shi Yinhong, professor de Relações Internacionais da Universidade do Povo, em Pequim, disse que Pyongyang quer aliviar a irritação da China com o teste nuclear e evitar sanções mais incisivas.

Mas Shi afirmou estar convencido de que a Coréia do Norte não desistiu de possuir e desenvolver armas nucleares.

"Não acho que o caos provocado pelo teste nuclear da Coréia do Norte tenha sido fundamentalmente atenuado", disse Shi. "Acho que o potencial para disputas entre a China e os Estados Unidos e o Japão só vai aumentar, uma vez que a Coréia do Norte aumentou a flexibilidade das suas políticas."





Fonte: Reuters

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