Jaqueline lidera o Brasil em estréia no Mundial de vôlei feminino
Desde o início do jogo, ficou nítido que o maior adversário do Brasil seria o nervosismo. Mesmo superiores às adversárias, as jogadoras brasileiras cometiam erros que permitiram que Porto Rico encostasse no placar no primeiro set.
Já mais calmas no segundo set, as jogadoras soltaram a mão e não deixaram Porto Rico sequer ameaçar uma reação. Foi uma vitória fácil, em 22 minutos, encerrada com um bloqueio duplo de Carol e Fabiana.
No terceiro set, a impressão foi de que a história se repetiria.
A vantagem brasileira chegou a ser de 12 a 7. Mas o nervosismo voltou a atrapalhar e Porto Rico encostou, diminuindo a diferença para dois pontos.
O técnico José Roberto Guimarães, que precisou acalmar o seu time, contou então com a liderança de Jaqueline, que assumiu a responsabilidade e comandou a escalada de pontos rumo à vitória.
Fofão garantiu os 3 a 0, marcando o 25º ponto aos 23 minutos de jogo.
A grande surpresa na estréia da competição foi a derrota da Itália, atual campeã mundial, por 3 sets a 1 (18-25, 22-25, 25-19 e 25-27) para a Sérvia e Montenegro, em partida válida pelo Grupo D, que teve também a vitória do Peru por 3 sets a 0 (25-19, 25-6 e 25-13) sobre o Egito.
As jogadoras de Sérvia e Montenegro fizeram uma grande partida, depois de ficarem 28 anos ausentes de um Campeonato Mundial de vôlei feminino.
"Sabíamos que teríamos uma chance de vencer se forçássemos o jogo contra as italianas. Jogamos muito bem nos dois primeiros sets e soubemos administrar depois o final da partida", disse Ivana Djerisilo, um dos destaques da Sérvia e Montenegro.
A facilidade que o Peru encontrou para vencer o Egito foi outra surpresa da primeira rodada do Mundial, já que a equipe sul-americana precisou de pouco mais de uma hora para colocar um ponto final à partida.
O restante dos favoritos também cumpriram bem seus respectivos papéis, apesar de Cuba ter encontrado dificuldades para derrotar a Turquia em jogo válido pelo Grupo D.
No grupo B, a República Dominicana pouco pôde fazer diante da superioridade da seleção da Alemanha, que contou com a solidez de ataque de Christiane Furst, além da precisão na recepção da capitã Cathrin Grun.
No Grupo A, a Coréia do Sul não encontrou muitos problemas para derrotar a Costa Rica em pouco mais de uma hora de tempo real de jogo. Já o México não conseguiu resistir à força da Rússia, que atropelou as mexicanas em partida do Grupo B. Após o jogo, o treinador mexicano Orlando Samuels admitiu que existia um abismo técnico e físico entre as duas equipes, mas destacou a vontade de suas jogadoras. "Demos tudo que tínhamos, mas mesmo assim não conseguimos a vitória", lamentou Bibiana Candelas, capitã da equipe mexicana.
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