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Terça - 31 de Outubro de 2006 às 01:03
Por: Sinezio Alcantara

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Cáceres (a 244 km de Cuiabá) está sendo usada como porta de entrada no Brasil para a imigração ilegal de chineses com destino ao mercado informal de São Paulo. Conforme investigações da Polícia Federal feitas até o momento, a rota internacional usada pela máfia chinesa começa na China, passa pelo Peru, Bolívia e finalmente Brasil, via Cáceres.

Em menos de 10 dias, pelo menos 15 chineses foram detidos na região da fronteira, quando já seguiam para São Paulo. Na prisão, realizada na noite de sexta-feira (27), a segunda em menos de uma semana, 11 chineses foram flagrados entrando no Brasil.

Além dos trabalhadores, a PF prendeu os líderes do bando, Long Miao, 38, encarregado de receber os chineses, e Kang Xu, 41, responsável pelo trabalho na Bolívia. A prisão foi feita quando o grupo providenciava hospedagem em um hotel da cidade.

Em poder dos líderes, a PF encontrou grande quantidade de dólares, reais, celulares e uma lista de chineses que seriam transportados para São Paulo. "Os documentos e a grande quantidade de dinheiro, milhares de dólares e reais apreendidos em poder dos líderes do grupo no Brasil e Bolívia não deixam dúvidas sobre a atuação da máfia chinesa no Brasil", disse ontem o delegado Márcio Virgílio de Faria, responsável pela investigação.

Além de informar a Interpol da China, Peru e Bolívia, o delegado comunicou os aeroportos de Mato Grosso e São Paulo, sugerindo maior atenção no embarque e desembarque de chineses.

Segundo ele, durante a prisão foram encontradas passagens aéreas em nome de todos os chineses que foram presos. A PF também não descarta a ligação do grupo com a mega contrabandista Law Kin Chong, preso há um ano pela polícia paulista. "Em depoimento informal Miao disse que sua família conhece o contrabandista Law Kin Chong. Isso leva a crer que pode haver uma ligação entre o grupo com o chefe da máfia chinesa no Brasil", afirmou o delegado.

A primeira detenção de chineses com entrada ilegal no país, em Cáceres, ocorreu na última quarta-feira (25). Os trabalhadores, segundo o delegado, são deportados automaticamente. Os líderes, que têm visto de permanência no Brasil, como Long Miao, são notificados a deixar o país em 8 dias, sob pena de serem presos e deportados logo em seguida. Além de deportado, cada trabalhador chinês é autuado e multado em R$ 800, antes de deixar o país.




Fonte: A Gazeta

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