Inflação do IGP-M sobe para 0,47% em outubro, diz FGV
A elevação foi ditada pelos preços no atacado e na construção civil.
O IPA (Índice de Preços por Atacado), que corresponde a 60% da taxa, avançou 0,65% puxado pelos produtos agrícolas. Em setembro, a taxa havia sido de 0,36%.
No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 3,76% em outubro, contra 1,43%, em setembro. Somente a aceleração desse índice contribuiu com 0,54 ponto percentual da taxa do IPA.
Os itens soja (em grão) (-0,70% para 6,90%), milho (em grão) (3,20% para 6,96%) e aves (1,76% para 7,31%) foram os principais responsáveis pela aceleração. Os avanços nos preços foram parcialmente compensados pelas desacelerações de itens como: cana-de-açúcar (-1,02% para -2,39%), algodão (em caroço) (4,33% para 0,71%) e café (em grão) (3,17% para 0,68%).
Os Bens Finais variaram -0,16%, em outubro, ante o resultado de setembro, quando esse grupo de produtos mostrou queda de 0,28%.
Já os Bens Intermediários desaceleraram para -0,35% em outubro, após registrar 0,28% em setembro.
Os preços na construção civil também registraram expansão. O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) elevou-se 0,18%, no mês de outubro, contra 0,09% em setembro.
Em outubro, os três grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas: Serviços, de 0,08% para 0,51%, Materiais, de 0,16% para 0,25%, e Mão-de-Obra, de 0,02% para 0,06%.
Foram destaque a refeição pronta no local de trabalho, o material de madeira para estrutura e o maior impacto do reajuste salarial na cidade de Belém e Fortaleza.
Por outro lado, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) desacelerou para 0,10%, em outubro. Em setembro, a taxa havia sido de 0,18%. Das sete classes de despesa componentes, o grupo Alimentação foi a que mais contribuiu para a desaceleração. Nesse grupo, o item frutas foi o maior destaque, com a taxa desacelerando de 1,53% para -6,96%.
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