Investir na Bolívia ainda é "prematuro", diz Petrobras
Depois dos novos contratos com as empresas petroleiras, o governo boliviano aguarda US$ 1,5 bilhão em investimentos da Petrobras no país. "Esses investimentos podem ampliar-se em função dos projetos conjuntos com outras companhias", disse o presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Juan Carlos Ortiz.
Conforme o acordo, que marca o cumprimento do Decreto de Nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia. Pelo decreto boliviano, editado no dia 1º de maio, as empresas de petróleo e gás que operam no País se tornaram prestadoras de serviço da empresa estatal boliviana YPFB.
De acordo com o ministro de Minas e Energia brasileiro, Silas Rondeau, a Petrobras se transformará em prestadora de serviços na Bolívia. O ministro disse também que a Petrobras aceitou um aumento de 50% a 82% dos impostos de produção, mas com um conjunto de regras que garantam a rentabilidade, segundo informações da imprensa.
A Bolívia precisa retomar seus investimentos no setor a fim de atender à clientela sul-americana. A partir de 2010, o país deve começar a cumprir o contrato assinado com a Argentina há duas semanas - o que fará a demanda de gás subir de 45 milhões para 65 milhões de metros cúbicos por dia.
Néstor Kirchner, presidente argentino, assinou um contrato de 20 milhões de metros cúbicos por dia, o que elevará as compras argentinas da Bolívia a 27 milhões de metros cúbicos por dia. A estimativa é de que a Bolívia necessite US$ 3 bilhões para desenvolver novos campos. Sem isso, até o Brasil passa a correr risco de desabastecimento.
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