Comércio enfrenta crise desde início do ano

No setor de comércio e serviços, os desembolsos do BNDES reduziram de R$ 568,059 milhões de janeiro a setembro de 2005, para R$ 498,158 no mesmo período de 2006. A redução representa cerca de 12,30% a menos de investimentos no Estado.

Na avaliação do presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), Pedro Nadaf, isso ocorreu em consequência da crise que o setor passa deste o início do ano, tendo uma queda de 11% no acumulado do ano até setembro na comparação com igual período de 2005. "A queda nas vendas vem desde o começo de 2006 e reflete também o montante investido em todo o Estado. Em conseqüência disso, os investimentos do BNDES que poderiam ser aplicados na infra-estrutura e outros setores das empresas também caíram".

No ramo de comércio e reparação de veículos houve queda de 68,75%, passando de R$ 18,919 milhões em 2005 para R$ 5,911 milhões este ano. O que anima o setor é a chegada das festas de fim de ano, quando os segmentos de confecções, calçados e eletroeletrônicos vendem mais, estimulados pelo pagamento do 13º salário. "Esperamos que circule cerca de R$ 370 milhões, mesmo valor do ano passado. Quando as pessoas recebem o 13º, elas quitam dívidas e fazem nova compras e empréstimos".

Do valor estimado para circular neste fim de ano em Mato Grosso, cerca de R$ 200 milhões terão origem do pagamento do 13º salário do funcionários da iniciativa privada e do setor público e outros R$ 100 milhões virão dos aposentados e pensionistas. Mesmo com a previsão de manter as vendas registradas em 2005, a Fecomércio está otimista e estima a oferta de 6,5 mil novas vagas de empregos temporários no Estado para os meses de novembro e dezembro.(FR)