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Economia
Segunda - 30 de Outubro de 2006 às 02:50

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Claudio Vaz, e o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Armando Monteiro Neto, esperam que o governo Lula priorize o crescimento econômico em seu segundo mandato.

Eles defendem mudanças no Banco Central, a manutenção do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e uma reforma tributária.

Na opinião do presidente da Fiesp, o ministro Mantega mostrou que tem a consciência de que precisa fazer o Brasil crescer e deve ser mantido. Sobre a política do BC no primeiro mandato propôs uma ruptura: "Essa política monetária teimosa e arrogante atrasou o crescimento e nos custou 3 milhões de empregos. Não é possível manter no cargo uma pessoa que prometeu crescimento e não cumpriu", afirmou, em referência ao presidente do BC, Henrique Meirelles, sem citá-lo nominalmente.

Na avaliação de Skaf, agora é preciso uma meta para o crescimento, com desburocratização, choque de gestão, juros mais baixos e redução de gastos públicos. "Não vamos admitir aumento de impostos. É preciso reduzir os gastos e promover uma redução na informalidade."

Investimentos Para o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Claudio Vaz, a reeleição de Lula foi um voto de confiança. "Nossa esperança é que haja habilidade para mudar o foco econômico para o crescimento, que se obtém com mais investimentos", afirmou.

Para Vaz, eleitor declarado do PSDB, a grande mudança econômica ocorrida no final do primeiro mandato do governo Lula foi graças à ascensão de Mantega na área econômica."Precisamos, sim, de uma política de governo, ainda não adotada, de atração de investimentos privados", defendeu.

O presidente do Ciesp considera que o governo só voltará a ser investidor quando conseguir sanar as contas públicas. "A questão do redutor de gastos (já indicada no plano de Orçamento de 2007) é importante. Mas para o setor privado, que tem mais condição de investir, é preciso desonerar o investimento, fazer a equivalência entre o investidor financeiro e o produtivo e acertar os marcos regulatórios", finalizou.

Cortes de gastos públicos De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, o governo precisa assumir uma nova postura na área fiscal, racionalizar e cortar gastos para o setor público recuperar sua capacidade de investimento e para que o setor privado seja desonerado gradualmente com a redução da carga tributária, disse por meio de comunicado distribuído à imprensa.

Monteiro Neto e Paulo Skaf, que também é vice-presidente da CNI, já haviam anunciado antes da eleição apoio a qualquer que fosse o vencedor. Em contrapartida, cobrariam a aprovação de reformas econômicas e reforçariam a pressão do empresariado no Congresso Nacional, pois avaliavam que o novo presidente teria dificuldades em obter maioria no Legislativo.




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