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Imprensa estrangeira lembra escândalos do governo Lula
SÃO PAULO - A reeleição do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva com mais de 60% dos votos ganhou as manchetes nos sites dos maiores veículos de comunicação internacionais. A imprensa estrangeira destacou a vitória lembrando os escândalos de corrupção e questionou os rumos da política econômica do segundo mandato do petista.
O repórter da rede londrina BBC em São Paulo, Steve Kingstone, classificou o resultado das eleições como uma vitória ressoante para um homem que foi desacreditado há menos de um ano, quando o PT estava no centro do escândalo de compra de votos no Congresso, o mensalão.
Segundo o correspondente, o presidente agüentou a "tempestade" na primeira parte da campanha eleitoral, quando colegas de partido foram acusados de corrupção. "Os eleitores deram a Lula outro mandato pelos seus esforços em diminuir a pobreza e melhorar a economia", publicou a BBC.
A BBC atribui o fraco desempenho de Alckmin às acusações de privatização de empresas estatais, feitas por Lula na campanha do segundo turno. "Privatizações são vistas com desconfiança no Brasil. A acusação, sem dúvida, custou a Alckmin votos".
O site do jornal espanhol El País destacou a promessa de Lula de fazer do Brasil um país desenvolvido e analisou os rumos da economia no segundo mandato do petista. "A reeleição garante a continuidade da política econômica, mas abre interrogações sobre possíveis mudanças na equipe econômica e sobre a ênfase para o tema no segundo mandato".
A reportagem relata o ajuste fiscal e a rígida política monetária baseada no regime de metas da inflação adotados pelo governo Lula. El País pondera que, apesar de melhorar as contas externas, as medidas causaram baixo crescimento para o Brasil. No ano passado, o índice foi de 2,3%.
A política econômica conservadora também é citada pelo site do jornal americano The New York Times. "Mr. da Silva governou na direita, mas, nas últimas semanas, fez campanha na esquerda".
Escândalos de corrupção O NYT destacou os escândalos de corrupção envolvendo o PT e pessoas próximas a Lula. A reportagem é de Larry Hotter - correspondente quase expulso do Brasil em 2004 por escrever sobre a suposta preocupação dos brasileiros com o consumo excessivo de bebidas alcoólica por Lula.
"Apesar de uma série de escândalos que picharam sua imagem e minaram sua credibilidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou de forma esmagadora a eleição", diz a reportagem. O texto relembra as denúncias do mensalão, o financiamento ilegal da campanha de 2002 e o caso do dossiê Vedoin, elaborado para prejudicar a candidatura de José Serra ao governo de São Paulo.
Rother atribui a vitória de Lula aos programas sociais, como o Bolsa Família, que beneficiam familiar pobres. "Mr. Da Silva nunca perde a oportunidade de relembrar suas origens humildes, semelhante à maioria de seu eleitorado, já Mr. Alckmin não conseguiu se livrar da imagem de pedante filho da classe média".
Como o New York Times, o site do jornal espanhol El Mundo coloca a corrupção como a protagonista da campanha eleitoral, referindo-se à compra do dossiê Vedoin. El Mundo relata que, apesar da euforia da militância petista, as denúncias poderiam ter causado a impugnação da candidatura Lula, caso fosse comprovado o envolvimento do presidente.
Prioridade para o Mercosul Clarín, maior jornal argentino, destaca em seu site a fala de Lula sobre a importância do Mercosul. "Lula não citou o presidente Kirchner, mas é como se o tivesse feito ao afirmar que nunca houve tanta confiança política na Argentina e nos países do Mercosul como agora".
Para o Clarín, a massiva votação dá a Lula "forte respaldo e oxigênio para começar o segundo mandato". O site argentino publica artigo assinado pelo presidente, sobre a diminuição da desigualdade social no Brasil. O petista escreve: "Chego ao final do mandato com a firme convicção de que materializamos parte significativa das esperanças do povo".
O repórter da rede londrina BBC em São Paulo, Steve Kingstone, classificou o resultado das eleições como uma vitória ressoante para um homem que foi desacreditado há menos de um ano, quando o PT estava no centro do escândalo de compra de votos no Congresso, o mensalão.
Segundo o correspondente, o presidente agüentou a "tempestade" na primeira parte da campanha eleitoral, quando colegas de partido foram acusados de corrupção. "Os eleitores deram a Lula outro mandato pelos seus esforços em diminuir a pobreza e melhorar a economia", publicou a BBC.
A BBC atribui o fraco desempenho de Alckmin às acusações de privatização de empresas estatais, feitas por Lula na campanha do segundo turno. "Privatizações são vistas com desconfiança no Brasil. A acusação, sem dúvida, custou a Alckmin votos".
O site do jornal espanhol El País destacou a promessa de Lula de fazer do Brasil um país desenvolvido e analisou os rumos da economia no segundo mandato do petista. "A reeleição garante a continuidade da política econômica, mas abre interrogações sobre possíveis mudanças na equipe econômica e sobre a ênfase para o tema no segundo mandato".
A reportagem relata o ajuste fiscal e a rígida política monetária baseada no regime de metas da inflação adotados pelo governo Lula. El País pondera que, apesar de melhorar as contas externas, as medidas causaram baixo crescimento para o Brasil. No ano passado, o índice foi de 2,3%.
A política econômica conservadora também é citada pelo site do jornal americano The New York Times. "Mr. da Silva governou na direita, mas, nas últimas semanas, fez campanha na esquerda".
Escândalos de corrupção O NYT destacou os escândalos de corrupção envolvendo o PT e pessoas próximas a Lula. A reportagem é de Larry Hotter - correspondente quase expulso do Brasil em 2004 por escrever sobre a suposta preocupação dos brasileiros com o consumo excessivo de bebidas alcoólica por Lula.
"Apesar de uma série de escândalos que picharam sua imagem e minaram sua credibilidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou de forma esmagadora a eleição", diz a reportagem. O texto relembra as denúncias do mensalão, o financiamento ilegal da campanha de 2002 e o caso do dossiê Vedoin, elaborado para prejudicar a candidatura de José Serra ao governo de São Paulo.
Rother atribui a vitória de Lula aos programas sociais, como o Bolsa Família, que beneficiam familiar pobres. "Mr. Da Silva nunca perde a oportunidade de relembrar suas origens humildes, semelhante à maioria de seu eleitorado, já Mr. Alckmin não conseguiu se livrar da imagem de pedante filho da classe média".
Como o New York Times, o site do jornal espanhol El Mundo coloca a corrupção como a protagonista da campanha eleitoral, referindo-se à compra do dossiê Vedoin. El Mundo relata que, apesar da euforia da militância petista, as denúncias poderiam ter causado a impugnação da candidatura Lula, caso fosse comprovado o envolvimento do presidente.
Prioridade para o Mercosul Clarín, maior jornal argentino, destaca em seu site a fala de Lula sobre a importância do Mercosul. "Lula não citou o presidente Kirchner, mas é como se o tivesse feito ao afirmar que nunca houve tanta confiança política na Argentina e nos países do Mercosul como agora".
Para o Clarín, a massiva votação dá a Lula "forte respaldo e oxigênio para começar o segundo mandato". O site argentino publica artigo assinado pelo presidente, sobre a diminuição da desigualdade social no Brasil. O petista escreve: "Chego ao final do mandato com a firme convicção de que materializamos parte significativa das esperanças do povo".
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/264561/visualizar/
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