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Economia
Segunda - 30 de Outubro de 2006 às 00:14

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Um a cada três jovens do planeta está desempregado ou ganha menos de US$ 2 por dia, informa nesta segunda-feira a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que destaca um crescimento de quase 15% na última década na taxa de desemprego na faixa entre 15 e 24 anos.

No relatório "Tendências mundiais do emprego entre os jovens", a OIT estima que mais de 300 milhões de jovens trabalhadores em todo o mundo vivem abaixo da linha de pobreza, com dois dólares diários, o que equivale a 56% do total.

Segundo o relatório, o número de jovens desempregados passou de 74 milhões em 1995 para 85 milhões em 2005, um crescimento de 14,8%.

"Dos 1,1 bilhão de jovens com entre 15 e 24 anos no planeta, um a cada três está procurando emprego e não encontra, já abandonou esta busca ou trabalha e vive com menos de dois dólares por dia", afirma a OIT.

Os jovens têm três vezes mais probabilidades que os adultos de estar desempregados e esta desvantagem é maior nos países em desenvolvimento.

Enquanto a população de jovens cresceu 13,2% de 1995 a 2005, o emprego para esta faixa aumentou apenas 3,8%, o que levou o grupo a responder por 44% do total de desempregados do mundo, quando representa apenas 25% da população ativa, destaca o relatório.

Entre 1995 e 2005, os países desenvolvidos registraram uma queda no desemprego entre os jovens de 17,5%, em parte provocada pelo envelhecimento da população.

No Extremo Oriente também caiu o desemprego entre os jovens, em 8,2%, mas em outras regiões do mundo a tendência foi radicalmente inversa. No sudeste da Ásia, o desemprego entre os jovens cresceu 85%, na África negra, 34%, na América Latina, 23%, e no mundo árabe, 18%. Os países árabes têm a maior taxa de desemprego entre os jovens, com 26%, seguidos pelo leste da Europa, com 20%.

O relatório alerta ainda para o crescente número de jovens que não estudam ou trabalham, especialmente no centro e leste da Europa, onde chegam a ser 34% do total.

Segundo a OIT, um nível mais elevado de educação não é garantia de emprego, especialmente um trabalho decente.




Fonte: AFP

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