Familiares de seqüestrados japoneses buscam ajuda na ONU

Um grupo de familiares de japoneses que foram seqüestrados por agentes norte-coreanos viajou hoje a Nova York, onde pedirão o apoio da ONU na obtenção de informações sobre seus parentes desde a Coréia do Norte.

Este pedido de ajuda para os cidadãos japoneses seqüestrados por agentes norte-coreanos nas décadas de 70 e 80 acontece no meio da escalada de tensão desatada pelo recente teste nuclear na Coréia do Norte.

Pyongyang realizou um teste nuclear em 9 de outubro, o que gerou, no dia 14 do mesmo mês, a imposição de uma série de sanções por parte do Conselho de Segurança da ONU, que foram qualificadas pelo regime comunista como uma "declaração de guerra".

"A sociedade internacional tem que unir seus esforços contra a Coréia do Norte", afirmou Shigeo Izuka, cuja irmã menor, Yaeko Taguchi, foi seqüestrada, em 1978, quando tinha 22 anos.

Iizuka e os outros membros do grupo de familiares de seqüestrados planejam reunir-se com os embaixadores acreditados perante a ONU dos membros do Conselho de Segurança, para que se adote uma nova resolução que peça maiores pressões sobre a Coréia do Norte pelo tema dos japoneses capturados por Pyongyang.

A Coréia do Norte só admitiu que seus agentes seqüestraram 13 japoneses nessas duas décadas.

O regime norte-coreano permitiu o retorno ao Japão de cinco pessoas, em 2002, e afirmou que o restante havia morrido.

Entre estas oito pessoas supostamente mortas se encontra a irmã de Iizuka, que, assim como o restante do grupo, não acredita na versão norte-coreana.