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Internacional
Sábado - 28 de Outubro de 2006 às 23:50

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A maior guerrilha de esquerda da Colômbia reafirmou no sábado sua decisão de negociar um acordo com o governo para libertar 62 reféns em troca da libertação de rebeldes presos, apesar de o presidente Alvaro Uribe ter suspendido as negociações neste sentido.

Esta é a primeira reação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sobre a decisão de Uribe, que há uma semana interrompeu as negociações de um acordo humanitário devido à explosão de uma carro-bomba na Escola Superior de Guerra de Bogotá, que deixou 10 feridos.

O presidente, que promoveu uma campanha militar agressiva que permitiu a redução dos assassinatos, sequestros e ataques a instalações financeiras do país, acusou as Farc pela detonação do carro-bomba. "Ratificamos nossa vontade e nossa proposta de materializar a troca e a plena disposição para que, uma vez superada esta etapa, possamos avançar nos processos políticos que levam a acordos de convivência e paz", publicou o grupo guerrilheiro em seu site na Internet, www.farcep.org.

Entre os reféns em poder das FARC estão a ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt, três norte-americanos, cinco ex-congressistas, 12 políticos regionais, um ex-ministro, um ex-governador e vários membros das Forças Armadas.

O presidente colombiano determinou às Forças Armadas resgatar os reféns e ofereceu uma recompensa de 2,1 milhões de dólares por informações que permitam localizar os sequestrados e libertá-los.

Os familiares dos reféns solicitaram às Farc e ao governo que deixem o discurso de lado e iniciem as ações.

"Os comunicados são muito bons, e geram resultados políticos para as partes, mas não geram nenhum resultado para os sequestrados", disse o presidente da Comissão de Paz, Oscar Mauricio Lizcano, filho do ex-congressista Oscar Tulio Lizcano, um dos reféns das FARC.

A Colômbia enfrenta um conflito interno há mais de quatro décadas, que faz milhares de vítimas por ano.





Fonte: Reuters

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