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Internacional
Sábado - 28 de Outubro de 2006 às 15:46

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Um assessor próximo a Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, declarou neste sábado que a economia dos territórios está perto de um colapso e cobrou que o governo liderado pelo Hamas faça algo em relação à crise.

Os comentários de um dos principais negociadores palestinos, Saeb Erekat, integrante do Fatah, partido de Abbas, mostra a crescente disputa de poder entre os dois grupos rivais. Abbas está sob a pressão de alguns líderes do Fatah para se livrar da administração eleita do Hamas.

A tensão política tem aumentado com a crise econômica. As potências ocidentais cortaram a ajuda financeira à Autoridade Palestina, para pressionar o Hamas a reconhecer o Estado de Israel, a renunciar à violência e a aceitar os acordos de paz.

Erekat afirmou que as evidências sobre a gravidade dos problemas econômicos vêm de pesquisa feita pelo seu departamento na Autoridade Palestina, o responsável pelos temas de negociações.

"A economia está à beira do colapso", afirmou ele à imprensa. "Os números são graves. O governo precisa se mexer para lidar com essa crise sem precedentes."

Segundo Erekat, o produto interno bruto (PIB) deve cair de 4,04 bilhões de dólares em 2005 para 2,9 bilhões de dólares em 2006.

"Estamos mostrando esses números sobre como a economia está ruindo não para marcar pontos, mas para lidar com a crise", disse ele.

O Hamas, incapaz de pagar todos os salários dos funcionários públicos, acusa o antigo governo do Fatah pela crise.

"(Eles) destruíram a economia porque ela foi construída com base na ajuda internacional e nos gestos de boa-vontade de Israel", afirmou Yahya Moussa, parlamentar do Hamas.

As negociações para um governo de coalizão entre o Hamas e o Fatah, que poderia terminar com o embargo internacional, não tiveram sucesso.





Fonte: Reuters

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