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Internacional
Sábado - 28 de Outubro de 2006 às 09:19

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O Partido Republicano do presidente americano, George W. Bush, tem nove dias para conter o ameaçador ímpeto dos democratas, que, de acordo com as últimas pesquisas, têm grandes chances de obter maioria no Congresso. "2006 é um ano democrata", disse o analista político Larry Sabato.

Por ora, com as notícias carregadas de teor negativo sobre a guerra no Iraque, onde as forças americanas estão sofrendo grandes baixas a cada dias, Bush e seus sócios republicanos vêm tendo problemas para defender seu argumento de que eles são os melhores para proteger os Estados Unidos e de que os democratas elevarão os impostos se forem eleitos.

Há apenas duas semanas Bush anunciou que a economia seria um elemento chave na campanha que faria para apoiar os candidatos republicanos para as eleições de 7 de novembro.

Mas um relatório oficial publicado na sexta-feira mostrou que a economia cresceu apenas 1,6% no último trimestre, muito abaixo dos 2,1 esperados, contradizendo o argumento de Bush de que o crescimento pagaria o enorme déficit federal.

"O crescimento econômico se desacelerou antes que a maioria dos americanos se beneficiasse de sua recuperação", assegurou o senador democrata Jack Reed. Bush, diante da possibilidade de encontrar maioria democrata em ambas as câmaras do Congresso nos próximos dois anos que ainda terá à frente da Casa Branca, assiste a comícios em diversas cidades do país e pede aos republicanos que atuem para "conseguir os votos".

Os republicanos tradicionalmente são melhores que os democratas em conseguir que seus adeptos votem, mas desta vez os eleitores conservadores podem se contentar simplesmente em doar dinheiro para o que resta da campanha.

"Quero recordar que o dinheiro é uma coisa e obter o voto é outra", disse Bush na quinta-feira em ato de campanha em Michigan.

As pesquisas mostram um eleitorado cansado da equipe no poder, após seis anos de Bush e doze de controle republicano na Câmara dos Representantes.

Segundo uma pesquisa publicada na quinta-feira pelo Pew Research Center, nas 40 circunscrições mais disputadas os democratas se beneficiam de uma vantagem de 11 pontos, que está muito ligada à percepção da guerra no Iraque: 59% dos americanos consideram que a guerra vai mal.

Além disso, o partido do presidente Bush, afetado pelos casos de corrupção e um escândalo sexual que envolveu o estado-maior da Câmara de Representantes, sofreu uma diminuição na preferência quando se pergunta aos eleitores qual partido está em melhores condições para "melhorar a moralidade" - os democratas, segundo 36% dos eleitores, contra 34% que confiam nos republicanos. A diferença aumenta para 10 pontos quando se trata de manejar a economia, um ponto forte dos democratas.

Cerca de 200 milhões de cidadãos estão convocados para a eleição legislativa de 7 de novembro, que renovará os 435 membros da Câmara Baixa e 33 dos 100 senadores. Os democratas conseguirão maioria na Câmara de Representantes se obtiverem mais 15 cadeiras e no Senado se conseguirem outras seis.





Fonte: AFP

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