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Economia
Sábado - 28 de Outubro de 2006 às 08:52

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A operadora de telefonia celular Vivo registrou no terceiro trimestre um prejuízo líquido de R$ 196,9 milhões, 63,9% mais que no mesmo período do ano passado. A receita líquida do grupo no período subiu 0,5%, chegando a R$ 2,825 bilhões. No acumulado do ano, o prejuízo da Vivo já chega a R$ 869 milhões, um aumento de 162,9% em relação ao mesmo período de 2005.

A Vivo, uma joint venture da Telefônica com a Portugal Telecom, enfrenta um período turbulento. Embora ainda seja a maior operadora celular do País, sua participação de mercado, que já foi de cerca de 50%, vem caindo. Atualmente, está em 29,9%, e sua posição já é ameaçada pela TIM, que tem 25,14% do mercado.

Uma das providências para tentar estancar essa queda é a adoção da tecnologia GSM, a mesma usada pelas rivais TIM, Claro e Oi, que seria usada juntamente com a atual tecnologia da empresa, a CDMA. Essa mudança tem um custo alto - a Vivo já programou mais de R$ 1 bilhão em investimentos na nova tecnologia.

A empresa também vem adotando uma série de medidas para estimular o uso do celular e a recarga de créditos nos telefones pré-pagos. E, segundo o presidente da companhia, Roberto Lima, essas medidas já estão trazendo resultados positivos. A Vivo ampliou os bônus em tráfego, aumentou a alternativa de valores para recarga, adicionou benefícios em serviços e ainda ampliou uma parceria para recarga com a Visa.

Lima afirmou que as medidas para recarga já trouxeram, para o terceiro trimestre, uma alta de 9,3% em relação ao trimestre anterior e de 7,1% em relação ao mesmo período de 2005. E em outubro, segundo ele, essa alta já chega a 13% em relação ao ano passado.

A companhia também lançou recentemente novos planos de tarifa para o segmento pós-pago, que substituem os pacotes antigos e são focados na personalização do produto de acordo com o perfil de cada usuário. A expectativa é de que essa iniciativa leve a um aumento do uso do celular e, portanto, da receita, bem como a uma redução da perda de clientes.

O presidente da Vivo disse também que a empresa vai concentrar esforços agora para conseguir uma cobertura nacional. Para isso, a companhia aposta na adoção da faixa de 1,9 GHz como possibilidade para operação celular. A consulta pública sobre o assunto já terminou e foram feitas 163 contribuições, cuja avaliação está sendo concluída pela área técnica para encaminhamento do assunto aos conselheiros da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).





Fonte: AE

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