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Na queda, trem de pouso fica dentro de quarto
Dez minutos depois do acidente com o Fokker 100 da TAM, que caiu no bairro do Jabaquara em 31 de outubro de 1996, o professor de Língua Portuguesa Jorge Tadeu recebeu uma notícia pelo irmão. "Um avião caiu sobre sua casa".
Mesmo morando em um local em que centenas de aviões passam diariamente sobre as residências, o professor achou que se tratava de uma brincadeira. "Meu irmão insistia que era verdade. Foi quando percebi que havia acontecido mesmo", lembra.
A escola onde Tadeu dava aula era próxima ao local do acidente. No trajeto, feito a pé, já se podia perceber a fumaça que tomava conta da rua Luís Orsini de Castro, a mais atingida pela aeronave.
Tadeu ficou bastante apreensivo, já que no sobrado ao lado do seu moravam seus pais. Por sorte, eles nada sofreram. "As duas casas foram bastante atingidas. O trem de pouso da aeronave caiu dentro de um dos quartos", afirma. Parte da cauda caiu na garagem e uma das turbinas atingiu o carro de seu pai.
Tadeu conta que chegou ao local do acidente ainda antes do corpo de bombeiros. Como o combustível do avião se espalhou, havia vários focos de incêndio pela vizinhança. "É uma cena que me marca até hoje. Sempre que vejo imagens de destruição, de guerra, lembro daquele dia".
Tadeu é um dos que ainda está na Justiça contra a TAM, aguardando indenização. Além dos danos no imóvel, ele exige na Justiça reparos por danos morais e por lucro cessante, já que perdeu tudo que havia no interior da casa, inclusive o computador que utilizava para trabalhar.
"É um processo longo e desgastante, com recursos em cima de recursos. Em uma previsão otimista, tudo deve estar resolvido em 2010", diz. Problemas com a polícia
Ele conta que no dia da queda do avião viveu duas situações inusitadas. A primeira envolve a polícia: foram encontrados mais de 2kg de cocaína em frente à sua casa, que provavelmente estariam dentro do avião.
"No meio daquele caos todo ainda tive de dar explicações à polícia", recorda.
Outra situação desagradável aconteceu no dia seguinte à queda do avião, em 1º de novembro de 1996. "Fiscais da prefeitura compareceram à minha casa e me entregaram uma intimação cobrando que as reformas fossem feitas em um prazo de dez dias. Foi muita insensibilidade", diz.
Menos de 24 horas depois, com a repercussão do fato, o administrador regional, responsável pela fiscalização, foi exonerado pelo prefeito.
Mesmo morando em um local em que centenas de aviões passam diariamente sobre as residências, o professor achou que se tratava de uma brincadeira. "Meu irmão insistia que era verdade. Foi quando percebi que havia acontecido mesmo", lembra.
A escola onde Tadeu dava aula era próxima ao local do acidente. No trajeto, feito a pé, já se podia perceber a fumaça que tomava conta da rua Luís Orsini de Castro, a mais atingida pela aeronave.
Tadeu ficou bastante apreensivo, já que no sobrado ao lado do seu moravam seus pais. Por sorte, eles nada sofreram. "As duas casas foram bastante atingidas. O trem de pouso da aeronave caiu dentro de um dos quartos", afirma. Parte da cauda caiu na garagem e uma das turbinas atingiu o carro de seu pai.
Tadeu conta que chegou ao local do acidente ainda antes do corpo de bombeiros. Como o combustível do avião se espalhou, havia vários focos de incêndio pela vizinhança. "É uma cena que me marca até hoje. Sempre que vejo imagens de destruição, de guerra, lembro daquele dia".
Tadeu é um dos que ainda está na Justiça contra a TAM, aguardando indenização. Além dos danos no imóvel, ele exige na Justiça reparos por danos morais e por lucro cessante, já que perdeu tudo que havia no interior da casa, inclusive o computador que utilizava para trabalhar.
"É um processo longo e desgastante, com recursos em cima de recursos. Em uma previsão otimista, tudo deve estar resolvido em 2010", diz. Problemas com a polícia
Ele conta que no dia da queda do avião viveu duas situações inusitadas. A primeira envolve a polícia: foram encontrados mais de 2kg de cocaína em frente à sua casa, que provavelmente estariam dentro do avião.
"No meio daquele caos todo ainda tive de dar explicações à polícia", recorda.
Outra situação desagradável aconteceu no dia seguinte à queda do avião, em 1º de novembro de 1996. "Fiscais da prefeitura compareceram à minha casa e me entregaram uma intimação cobrando que as reformas fossem feitas em um prazo de dez dias. Foi muita insensibilidade", diz.
Menos de 24 horas depois, com a repercussão do fato, o administrador regional, responsável pela fiscalização, foi exonerado pelo prefeito.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/264974/visualizar/
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