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Cidades/Geral
Sábado - 28 de Outubro de 2006 às 07:59
Por: Andréa Fontes

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Amanhã completa um mês do acidente entre o jato Legacy 600 e o Boeing da Gol, que vitimou 154 pessoas. Um corpo ainda não foi localizado e as polícias Civil e Federal, que investigam os motivos do acidente de forma paralela, ainda não apontam nenhum culpado para o maior acidente aéreo brasileiro e nem mesmo as causas.

Até agora, tudo o que se fala são apenas hipóteses do que poderia ter acontecido no início da noite de 29 de setembro, quando o avião da Gol fazia a rota Manaus/Brasília e foi atingido pelo jato Legacy, caindo em seguida.

O delegado da Polícia Civil, Luciano Inácio, responsável pelo inquérito estadual, já adiantou que na segunda-feira vai pedir prorrogação do prazo para conclusão das investigações. A competência destas investigações também continua sem definição. Está nas mãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a decisão. Enquanto ela não sai, tanto a polícia Civil como a Federal continuam apurando o caso.

Por parte da Polícia Federal, o presidente do inquérito é o delegado Renato Sayão, de Cuiabá. Desde quando o inquérito foi instaurado, ele foi para Brasília, de onde coordena as investigações e toma os depoimentos. Ele volta para Cuiabá na próxima quarta-feira. Antes, na segunda e terça-feira, Renato Sayão vai ouvir os dez controladores de vôo e supervisores que trabalhavam na torre de Brasília no momento do acidente.

O prazo para conclusão do inquérito da PF é 5 de novembro, mas Sayão já adiantou que vai apresentar um relatório preliminar e também pedir a prorrogação do prazo para as investigações.

A última pessoa ouvida pelo delegado federal foi o diretor de marketing para Jatos Executivos da Embraer, Daniel Bachmann, que estava a bordo do Jato Legacy. Entretanto, o depoimento de Daniel será mantido em sigilo até ouvir os pilotos do Legacy, os americanos Joe Lepore e Jan Paladino.

Já a Aeronáutica continua se recusando a repassar dados da investigação do acidente, alegando sigilo militar. Esta questão também será definida pelo STJ.

Na fazenda Jarinã, no norte de Mato Grosso, onde foi montada a base da operação de busca aos corpos das vítimas, o trabalho continua. A operação ainda conta com cerca de 310 militares, dos quais mais de 90 estão participando diretamente nos trabalhos na fazenda Jarinã e no local onde o Boeing caiu.

As ações da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército agora são no sentido de localizar a última vítima do acidente e outros destroços da aeronave que possam auxiliar nas investigações em curso. Apesar do trabalho intenso no local do acidente, apenas na última terça-feira é que foi localizado o cilindro de voz do Boeing da Gol, que poderá ajudar a esclarecer as causas do acidente. Hoje, as gravações deverão ser transcritas.





Fonte: Da Redação

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