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Nacional
Sábado - 28 de Outubro de 2006 às 04:33

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A modelo brasileira Brenda Costa, surda-muda de nascença que se submeteu-se a uma cirurgia auditiva no dia 19, recebeu alta do hospital Saint-Antoine, em Paris. Aos 22 anos, a top recebeu um implante coclear - procedimento em que um aparelho eletrônico estimula regiões do ouvido interno, indicado para casos em que os aparelhos de audição convencionais não solucionam o problema auditivo.

"Eu estava me preparando para essa operação de implante coclear há um mês. Depois de cinco dias no hospital, voltei para casa. Resolvi fazer a cirurgia porque escutar é importante para minha vida e para a minha carreira", afirmou Brenda, 22 anos, por e-mail. "Ainda estou de repouso, mas Deus me ilumina. Já está tudo certo", garante.

A top, que é muito conhecida na França, onde vive, conta que já teve uma boa notícia após a intervenção cirúrgica. "Tive sorte de encontrar o professor Meyer. Tenho muita confiança nele. Tive um sinal maravilhoso. Meu nervo está vivo", afirmou, referindo-se ao nervo auditivo, responsável por transmitir o estímulo sonoro ao centro cerebral da audição. "Ele (o professor) é um dos melhores do mundo. Já ajudou muitas crianças e adultos", diz Brenda.

Sons e ruídos A modelo já recebeu o implante, mas por enquanto ainda não é capaz de ouvir. Isso só será possível depois que for instalada a parte externa do aparelho. "O implante ainda tem que ser ativado para que ela comece a perceber barulhos e sons e localize de que direção vem os estímulos sonoros", explica a fonoaudióloga Valderez Prass Lemes, que trata de Brenda no Rio, acrescentando que a ativação do aparelho deve ocorrer em aproximadamente um mês.

Aparelho é um tipo de "ouvido biônico" Popularmente conhecido como "ouvido biônico", o implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia. O equipamento é composto por próteses computadorizadas que são inseridas cirurgicamente no ouvido do paciente e substituem parcialmente as funções da cóclea ¿ uma das regiões do ouvido interno.

"O aparelho eletrônico, que tem um chip, estimula por eletrodos diferentes regiões do ouvido interno. E substitui a função das células dessa região, enviando diretamente o sinal elétrico para o nervo auditivo, que repassa o estímulo para o cérebro", explica o otorrino Orozimbo Alves Costa, do Hospital Samaritano de São Paulo.

De acordo com a fonoaudióloga Valderez, pacientes submetidos ao implante precisam passar por um período de reabilitação e o resultado final da cirurgia depende de vários fatores: "A pessoa não começa a falar de uma hora para a outra. Isso depende da reabilitação, de há quantos anos o paciente está surdo, se há outro comprometimento, se já usou outros aparelhos de surdez".





Fonte: O Dia

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