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Nacional
Sábado - 28 de Outubro de 2006 às 03:11

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Especialistas garantem que a proporção é de um caso a cada um milhão, mas, pelo menos no Rio de Janeiro, os exemplos de gêmeos com cor da pele diferente nem parecem tão raros. Depois de os pequenos ingleses Kaydon e Layton Richardson chamarem a atenção do mundo esta semana, surgiu na cidade uma profusão de gêmeos bicolores.

Além da diferença física, alguns, mais velhos, mostram forte distinção também na personalidade. É o caso de Júlio e Jackson Alves Nunes, 16 anos, morador do bairro carioca de Costa Barros, que causam surpresa quando anunciam o parentesco. O primeiro, de pele negra e cabelos cacheados, tem feições indianas, faz jiu-jítsu, gosta de rock e reggae e é extrovertido. Já Jackson, mais tímido, é mulato claro, prefere futebol e é mais chegado em pagode - toca cavaquinho desde os 4 anos.

A curiosa diferença provocou até brigas entre os pais dos gêmeos. "Ele não aceitava que os dois pudessem ser filhos dele, mas depois se acostumou", conta a mãe, a merendeira Rosângela da Silva Alves, 45, sobre a reação do marido, o estivador Sérgio Inácio Nunes, 46, diante do contraste de cor. No colégio, eles já foram até obrigados a mostrar a identidade para uma professora cética, que duvidava do parentesco. "Ela exigiu que a gente apresentasse o documento", conta Jackson.

A diferença na pele também é característica dos gêmeos Ricardo e Rodrigo Nogueira Fernandes, 19, de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. "Adorei quando soube. Não queria uma xerox em casa. Assim, eles são mais especiais", diz a dona de casa Herondina Pereira Nogueira, 55. Os irmãos, com comportamentos opostos, têm pelo menos algo em comum. "A única coisa que gostamos de fazer juntos é jogar videogame", afirma Rodrigo.





Fonte: Terra

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