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Agronegócios
Quarta - 06 de Março de 2013 às 13:10

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 ​O pós-colheita é o período ideal para se proteger contra a ferrugem asiática nas lavouras de soja. Os cuidados destinados ao solo depois da colheita do grão refletem diretamente na produtividade e nos bons resultados da safra seguinte.

Daqui a três meses terá início o vazio sanitário, período de controle da doença em que é necessário eliminar as plantas de soja tiguera, originárias de grãos caídos no solo. O fungo causador da ferrugem é um parasita que sobrevive e reproduz em plantas vivas, por isso é preciso destruí-las.

Uma das formas de executar adequadamente o manejo pós-colheita é realizar o plantio de segunda safra, seja de milho, algodão, mileto ou braquiária (“Brachiaria”). Para a boa produtividade dessas culturas é necessária aplicação de herbicida que, por sua vez, elimina a planta de soja e atende a orientação do vazio sanitário.

“O produtor que opta pelo plantio da segunda safra, naturalmente, precisa fazer um manejo adequado. Dessa forma ao utilizar o herbicida necessário ele já elimina a soja tiguera que germinou após a colheita”, afirmou Leandro Zancanaro, pesquisador da Fundação MT.

Como nem todas as regiões do estado possuem clima favorável para o plantio da segunda safra, o pesquisador sugere o plantio da crotalária, uma leguminosa que é usada como adubo verde, e tem-se mostrado eficiente no controle de nematóides.

“Além de trazer benefícios com o manejo de nematóides e redução de plantas invasoras, o plantio da crotalária pode ajudar no manejo pós-colheita”, destacou Zancanaro.

De acordo com o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, ao optar pelo plantio da crotalária na entressafra, o agricultor precisa estar atento ao manejo necessário para evitar a permanência da planta de soja durante o período proibitivo.

“Ao plantar a crotalária o sojicultor tem que destinar os mesmos cuidados que ele teria ao cultivar uma segunda safra comercial. Já encontramos em Mato Grosso várias áreas com presença de soja ao meio da crotalária, e isso é um agente potencial para a ferrugem”, alertou Ribas.

Mesmo que o produtor não cultive a segunda safra ou plante uma cultura para cobertura de solo é preciso redobrar a atenção. “O fato de não utilizar a terra para nenhuma atividade na entressafra também requer cuidados na destruição de todas as plantas de soja”, finalizou o diretor técnico da Aprosoja.





Fonte: Aprosoja

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