Repórter News - reporternews.com.br
Prejuízo da Vivo sobe, mas empresa mostra melhora
A maior operadora de telefonia celular do país, Vivo, sofreu no terceiro trimestre sensível alta no prejuízo, mas analistas viram no balanço da companhia sinais de que medidas para melhora da competitividade começam a surtir efeitos para a empresa, em um ambiente de acirrada competição.
O prejuízo da Vivo cresceu 63,9 por cento no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 196,9 milhões de reais. Na comparação com o segundo trimestre, quando o prejuízo da companhia somou 493,1 milhões de reais, entretanto, o resultado da empresa apresentou melhora de 60 por cento. No segundo trimestre, a Vivo investiu mais em publicidade por conta da Copa do Mundo.
As ações da operadora, que é controlada pelos grupos Portugal Telecom e Telefónica, disparavam nesta tarde, 8,17 por cento, influenciadas por números que mostram queda em custos de aquisição de clientes, pessoal e com serviços de terceiros, bem como por uma redução nas provisões sobre devedores duvidosos.
Os planos de lançamento de serviços GSM ainda este ano, ainda dentro do planejado, também davam certo suporte para o otimismo em torno da operadora, que tem visto sua participação de mercado encolher diante de ofertas agressivas das rivais TIM e Claro. Celulares GSM têm custos de aquisição menor em relação à tecnologia CDMA (única usada pela Vivo atualmente) por conta de sua escala de mercado global.
"Queremos entrar ano que vem com um leque de aparelhos CDMA e GSM que será a melhor oferta do mercado", disse o presidente da Vivo, Roberto Lima, em teleconferência com analistas sem dar detalhes sobre estratégia de lançamento da tecnologia, usada também por TIM e Claro.
A redução de custos nos próximos meses também deve ser sentida com a simplificação da estrutura societária das 14 entidades que compõem o grupo Vivo em uma única empresa, a Vivo SA, disse Lima. O processo deve ocorrer até 31 de outubro, após uma primeira etapa ocorrida meses atrás com a fusão de cinco holdings.
Faz parte da reorganização a unificação de sistemas de operação herdados de empresas compradas, quase concluída. "Mais de 90 por cento dos nossos clientes são tratados sob uma única plataforma agora, o que nos permite concentrar as operações em São Paulo, fechando alguns centros de processamento", disse Lima.
Essa unificação de sistemas foi também o que permitiu à Vivo lançar na semana passada planos de serviços mais competitivos frente à concorrência, que prevêem concessão de bônus, entre outros benefícios, aos clientes.
"Em todas as frentes que eram consideradas pontos negativos da Vivo, nós fizemos melhorias. Nos resta agora completar a cobertura nacional para reconquistar a parcela de mercado que eventualmente tenhamos perdido", afirmou o executivo.
NÚMEROS
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 715,6 milhões de reais no trimestre encerrado em setembro, queda de 10,2 por cento ante o valor obtido um ano antes. A margem ficou 3 pontos menor, em 25,3 por cento, mas superior aos 11,8 por cento do segundo trimestre.
"É um começo de melhoria. A gente não estava conseguindo visualizar melhora da empresa no trimestre passado, que foi bem ruim", disse a analista de telecomunicações da Ativa Corretora, Luciana Leocadio, em entrevista por telefone. "O mercado estava esperando margem Ebitda em torno de 20 por cento e veio 25 por cento", acrescentou.
O prejuízo da Vivo foi impactado por um salto de 78,7 por cento, para 664,3 milhões de reais, nos custos com serviços prestados. Esses custos foram influenciados pela mudança no regime de cobrança de interconexão de redes definido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Do total de custos com serviços prestados, 322,5 milhões de reais são relativos à interconexão, que no terceiro trimestre do ano passado foram de 59,3 milhões de reais.
A empresa encerrou o terceiro trimestre com 28,726 milhões de clientes, dos quais 5,244 milhões tinham planos pós-pagos, mais lucrativos que os usuários de serviços pré-pagos. A base total caiu 0,4 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2005, mas avançou 0,7 por cento ante o número de clientes do segundo trimestre.
A operadora teve receita líquida de 2,825 bilhões de reais, ligeira melhora de 0,5 por cento na comparação com o terceiro trimestre de 2005 e avanço de 8,7 por cento ante abril a junho deste ano.
O prejuízo da Vivo cresceu 63,9 por cento no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 196,9 milhões de reais. Na comparação com o segundo trimestre, quando o prejuízo da companhia somou 493,1 milhões de reais, entretanto, o resultado da empresa apresentou melhora de 60 por cento. No segundo trimestre, a Vivo investiu mais em publicidade por conta da Copa do Mundo.
As ações da operadora, que é controlada pelos grupos Portugal Telecom e Telefónica, disparavam nesta tarde, 8,17 por cento, influenciadas por números que mostram queda em custos de aquisição de clientes, pessoal e com serviços de terceiros, bem como por uma redução nas provisões sobre devedores duvidosos.
Os planos de lançamento de serviços GSM ainda este ano, ainda dentro do planejado, também davam certo suporte para o otimismo em torno da operadora, que tem visto sua participação de mercado encolher diante de ofertas agressivas das rivais TIM e Claro. Celulares GSM têm custos de aquisição menor em relação à tecnologia CDMA (única usada pela Vivo atualmente) por conta de sua escala de mercado global.
"Queremos entrar ano que vem com um leque de aparelhos CDMA e GSM que será a melhor oferta do mercado", disse o presidente da Vivo, Roberto Lima, em teleconferência com analistas sem dar detalhes sobre estratégia de lançamento da tecnologia, usada também por TIM e Claro.
A redução de custos nos próximos meses também deve ser sentida com a simplificação da estrutura societária das 14 entidades que compõem o grupo Vivo em uma única empresa, a Vivo SA, disse Lima. O processo deve ocorrer até 31 de outubro, após uma primeira etapa ocorrida meses atrás com a fusão de cinco holdings.
Faz parte da reorganização a unificação de sistemas de operação herdados de empresas compradas, quase concluída. "Mais de 90 por cento dos nossos clientes são tratados sob uma única plataforma agora, o que nos permite concentrar as operações em São Paulo, fechando alguns centros de processamento", disse Lima.
Essa unificação de sistemas foi também o que permitiu à Vivo lançar na semana passada planos de serviços mais competitivos frente à concorrência, que prevêem concessão de bônus, entre outros benefícios, aos clientes.
"Em todas as frentes que eram consideradas pontos negativos da Vivo, nós fizemos melhorias. Nos resta agora completar a cobertura nacional para reconquistar a parcela de mercado que eventualmente tenhamos perdido", afirmou o executivo.
NÚMEROS
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 715,6 milhões de reais no trimestre encerrado em setembro, queda de 10,2 por cento ante o valor obtido um ano antes. A margem ficou 3 pontos menor, em 25,3 por cento, mas superior aos 11,8 por cento do segundo trimestre.
"É um começo de melhoria. A gente não estava conseguindo visualizar melhora da empresa no trimestre passado, que foi bem ruim", disse a analista de telecomunicações da Ativa Corretora, Luciana Leocadio, em entrevista por telefone. "O mercado estava esperando margem Ebitda em torno de 20 por cento e veio 25 por cento", acrescentou.
O prejuízo da Vivo foi impactado por um salto de 78,7 por cento, para 664,3 milhões de reais, nos custos com serviços prestados. Esses custos foram influenciados pela mudança no regime de cobrança de interconexão de redes definido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Do total de custos com serviços prestados, 322,5 milhões de reais são relativos à interconexão, que no terceiro trimestre do ano passado foram de 59,3 milhões de reais.
A empresa encerrou o terceiro trimestre com 28,726 milhões de clientes, dos quais 5,244 milhões tinham planos pós-pagos, mais lucrativos que os usuários de serviços pré-pagos. A base total caiu 0,4 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2005, mas avançou 0,7 por cento ante o número de clientes do segundo trimestre.
A operadora teve receita líquida de 2,825 bilhões de reais, ligeira melhora de 0,5 por cento na comparação com o terceiro trimestre de 2005 e avanço de 8,7 por cento ante abril a junho deste ano.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/265178/visualizar/
Comentários