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Mídia culpa "poderes ocultos" por espionagem na Itália
A revelação de que o primeiro-ministro Romando Prodi teve suas declarações de renda espionadas ilegalmente levou aliados e a mídia a culparem "poderes ocultos" e autoridades corruptas pelo escândalo.
Os jornais desta sexta-feira falam sobre uma desastrada rede, possivelmente a serviço de autoridades corruptas, no mais recente escândalo do governo italiano.
"Tem cheiro de chantagem, de intimidação, de deslealdade institucional, que não pode acontecer em uma democracia livre, como a nossa", afirmou um editorial de capa do maior jornal italiano, o Corriere della Sera.
Prodi e sua mulher Flavia tiveram suas declarações verificadas ilegalmente diversas vezes, assim como seu antecessor, Silvio Berlusconi, outros chefes de Estado, estrelas do futebol e artistas, de acordo com reportagens publicadas nesta sexta-feira.
Promotores de Milão estão conduzindo uma investigação centralizada em autoridades fiscais e de outras agências estatais.
O jornal La Repubblica, de orientação esquerdista, questionou se a democracia não estaria sendo manipulada por poderes desconhecidos.
"A política está ficando diretamente sob ataque de ''poderes ocultos"'', disse o jornal.
Alguns aliados de Prodi sugeriram abertamente envolvimento do antigo governo de centro-direita de Berlusconi. Mas Giulio Tremonti, um dos políticos mais próximos do ex-premiê e que foi ministro da Economia, disse que o empresário também foi vítima.
"Os dados de Berlusconi e os de sua família foram inspecionados ilegalmente 800 vezes", disse Tremonti.
Berlusconi minimizou a importância do escândalo, que chamou de "cortina de fumaça" para desviar a atenção dos italianos dos problemas que Prodi enfrenta para governar com pequena maioria.
QUEM É QUEM
Os nomes das personalidades italianas investigadas nos últimos dois anos são uma verdadeira lista do tipo "Quem é Quem" na sociedade do país. Entre elas estão um príncipe e um ex-presidente do banco central, Antonio Fazio.
Até mesmo o chefe de espionagem Nicolo Pollari viu suas conversas telefônicas secretas publicadas em jornais italianos por causa do vazamento de registros de vigilância da polícia.
A agência militar de inteligência coordenada por Pollari, a Sismi, está no centro de outros escândalos, incluindo possível ajuda para a CIA sequestrar ilegalmente um suspeito de terrorismo em Milão em 2003, pagamento para jornalistas "plantarem" histórias e espionagem de magistrados.
A polícia prendeu no mês passado um ex-gerente e empregados da empresa telefônica Telecom Italia, em outra investigação sobre supostas escutas para coleta de informação sobre empresários conhecidos.
"A impressão geral que fica é essa: estruturas estatais ajudando autoridades corruptas", disse Anna Finocchiaro, líder de centro-esquerda do Senadod.
Os jornais desta sexta-feira falam sobre uma desastrada rede, possivelmente a serviço de autoridades corruptas, no mais recente escândalo do governo italiano.
"Tem cheiro de chantagem, de intimidação, de deslealdade institucional, que não pode acontecer em uma democracia livre, como a nossa", afirmou um editorial de capa do maior jornal italiano, o Corriere della Sera.
Prodi e sua mulher Flavia tiveram suas declarações verificadas ilegalmente diversas vezes, assim como seu antecessor, Silvio Berlusconi, outros chefes de Estado, estrelas do futebol e artistas, de acordo com reportagens publicadas nesta sexta-feira.
Promotores de Milão estão conduzindo uma investigação centralizada em autoridades fiscais e de outras agências estatais.
O jornal La Repubblica, de orientação esquerdista, questionou se a democracia não estaria sendo manipulada por poderes desconhecidos.
"A política está ficando diretamente sob ataque de ''poderes ocultos"'', disse o jornal.
Alguns aliados de Prodi sugeriram abertamente envolvimento do antigo governo de centro-direita de Berlusconi. Mas Giulio Tremonti, um dos políticos mais próximos do ex-premiê e que foi ministro da Economia, disse que o empresário também foi vítima.
"Os dados de Berlusconi e os de sua família foram inspecionados ilegalmente 800 vezes", disse Tremonti.
Berlusconi minimizou a importância do escândalo, que chamou de "cortina de fumaça" para desviar a atenção dos italianos dos problemas que Prodi enfrenta para governar com pequena maioria.
QUEM É QUEM
Os nomes das personalidades italianas investigadas nos últimos dois anos são uma verdadeira lista do tipo "Quem é Quem" na sociedade do país. Entre elas estão um príncipe e um ex-presidente do banco central, Antonio Fazio.
Até mesmo o chefe de espionagem Nicolo Pollari viu suas conversas telefônicas secretas publicadas em jornais italianos por causa do vazamento de registros de vigilância da polícia.
A agência militar de inteligência coordenada por Pollari, a Sismi, está no centro de outros escândalos, incluindo possível ajuda para a CIA sequestrar ilegalmente um suspeito de terrorismo em Milão em 2003, pagamento para jornalistas "plantarem" histórias e espionagem de magistrados.
A polícia prendeu no mês passado um ex-gerente e empregados da empresa telefônica Telecom Italia, em outra investigação sobre supostas escutas para coleta de informação sobre empresários conhecidos.
"A impressão geral que fica é essa: estruturas estatais ajudando autoridades corruptas", disse Anna Finocchiaro, líder de centro-esquerda do Senadod.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/265295/visualizar/
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