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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 08:41

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A Prefeitura e o governo do Estado de São Paulo negociam reajustes nas tarifas do metrô, do ônibus na capital, do trólebus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A negociação, confirmada pelo prefeito Gilberto Kassab (PFL) e pela Assessoria do governador Cláudio Lembo (PFL) confirmaram as discussões, mas negam que o reajuste seja para novembro.

O metrô deve elevar o preço do bilhete dos atuais R$ 2,10 para R$ 2,40, um reajuste de 14,09%. Uma vez que é usado como base para as tarifas do transporte público, deve provocar aumento da passagem de ônibus, de R$ 2 para R$ 2,30, e das passagens dos trens e dos trólebus, de R$ 2,10 para R$ 2,40. O bilhete único, que possibilita a utilização do Metrô e de ônibus, deve subir de R$ 3 para R$ 3,40.

“Não se descarta um aumento de tarifa em nenhuma área. Seria uma leviandade. Um eventual aumento (do metrô) será analisado em conjunto pelas diversas secretarias envolvidas. Toda ação que depende de integração da cidade com o governo do Estado está sendo feita com transparência e responsabilidade, e antes de mais nada pensando nas possibilidades (econômico-financeiras) do cidadão paulistano”, disse ontem o prefeito Gilberto Kassab.

Fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo falam da adoção dos reajustes em novembro, logo após o encerramento do período eleitoral. Por contrato, as tarifas dos ônibus na capital só deveriam ser reajustadas em 1º de março. “Na vida pública, há momentos em que é preciso adotar posições em relação a alguns reajustes”, disse Kassab. “São Paulo tem receita, receitas importantes que precisam existir para que a gente possa corresponder às expectativas e responsabilidades da cidade toda.”

O aumento das tarifas foi tratado na terça-feira à noite em reunião na sede do Metrô, no centro da cidade, pelo secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger, o presidente do Metrô, Luiz Carlos Frayze David, e o presidente da São Paulo Transportes (SPTrans), Ulrich Hoffmann.

A Assessoria do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, disse que não houve uma reunião específica, mas vários encontros de planejamento para 2007 que tiveram como pauta tarifas, investimentos e outros assuntos técnicos. O governo estadual também nega o aumento em novembro. Já o Metrô, além de negar o aumento, não fala sobre a reunião de terça-feira na sede da empresa. A SPTrans, responsável por administrar o transporte coletivo na capital, disse que apenas o prefeito fala sobre o assunto.

22 Meses

O último reajuste para o Metrô foi em janeiro de 2005, quando a passagem passou de R$ 1,90 para R$ 2,10, o equivalente a 10,5% de aumento. A majoração estudada atualmente é de 14,09%, bem maior que a inflação acumulada desde janeiro de 2005, que, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é de 6,42%. Em seis anos, foram três aumentos: em 2001 (de R$ 1,40 para R$ 1,60, de 12,8%), em 2003 (para R$ 1,90, de 18,75%) e em 2005.





Fonte: AE

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