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Internacional
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 06:25

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O banco internacional HSBC negou na quinta-feira que o ex-ditador chileno Augusto Pinochet tenha nove toneladas de ouro em uma de suas filiais em Hong Kong, como havia denunciado a mídia local.

"Estamos em condições de confirmar que tais documentos são falsos", disse um comunicado da filial chilena do HSBC obtido pela Reuters, sobre "a documentação relativa a uma suposta custódia pelo Banco de ouro em Hong Kong em nome do general Augusto Pinochet".

Antes da declaração do banco, um tribunal no Chile autorizou o juiz Juan González a investigar as informações da suposta fortuna —equivalente a 180 milhões de dólares.

González está no comando da investigação sobre as contas secretas de Pinochet no exterior, que até agora somam ao menos 27 milhões de dólares.

Fontes judiciais disseram que a decisão foi tomada de maneira unânime pela Quinta Sala da Corte de Apelações de Santiago, depois que dois jornais informaram na quarta-feira sobre o suposto tesouro de Pinochet.

Paralelamente, o ex-ditador foi interrogado em sua mansão em Santiago pelo juiz Víctor Montiglio por sua responsabilidade na morte de dois opositores nas mãos de uma comitiva militar conhecida como "Caravana da Morte", em outubro de 1973.

O governo manteve cautela em relação à existência ou não do ouro de Pinochet, que governou o país entre 1973 e 1990, e que foi processado por casos de abusos dos direitos humanos e delitos econômicos.

Sob o governo de Pinochet, cerca de 3.000 pessoas desapareceram ou morreram e outras 28 mil foram vítimas de torturas.




Fonte: Reuters

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