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Polícia Brasil
Quinta - 26 de Outubro de 2006 às 16:45

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Mais uma agência bancária alvo de assaltantes no interior do estado. Desta vez bandidos fortemente armados invadiram a agência do Banco do Brasil, na tarde desta quinta-feira, no município de Campinápolis (distante 350 quilômetros de Cuiabá). Eles roubaram uma quantia em dinheiro ainda não revelada.

Os seis assaltantes que invadiram o banco, por volta de 14h, fizeram muitos disparos de pistolas e fuzis, segundo moradores, mas ninguém ficou ferido. "Eles atiraram para pressionar funcionários e os gerentes do banco a entregarem todo o dinheiro, mas não queriam ferir ninguém", disse um morador ao RMT Online. "Com tantas armas, se eles quisessem, teriam matado os vigilantes e quantas pessoas atravessassem o caminho deles", justificou o proprietário de uma sorveteria próximo ao banco.

Segundo a Polícia Militar (PM) de Campinápolis, seis homens armados foram primeiro ao quartel da PM, renderam os policiais que estavam em serviço e roubaram três fuzis, uma escopeta calibre 12, quatro revólveres e munição.

A delegacia de Polícia Civil funciona ao lado da PM. Os policiais civis também foram rendidos.

O roubo

Em seguida, os assaltantes se dirigiram para a agência do Banco do Brasil, onde chegaram atirando. Após render os seguranças da agência e todos os clientes que estavam no local, os bandidos roubaram todo o dinheiro dos caixas, do cofre e fugiram com cinco reféns. Um deles foi o policial civil Esli Borges Macena, um soldado da PM, dois funcionários do banco e um vilgilante. Segundo a polícia, os assaltantes teriam fugido em um automóvel pequeno, que pertence ao banco, e em uma caminhonete.

A PM de Campinápolis informou que todos os reféns já foram liberados e um dos veículos utilizados na fuga foi incendiado pelos assaltantes. Não se sabe ainda se o automóvel que foi queimado é o Fiat Uno do Banco do Brasil ou o segundo carro que pertencia aos bandidos.

Moradores contam como foi o assalto

Moradores e lojistas que trabalham nas proximidades do Banco do Brasil, em Campinápolis, acompanharam o assalto e contaram ao RMT Oline como foi a ação dos bandidos na agência.

"O assalto durou aproximadamente 25 minutos", disse Bráulio Fonseca, comerciante da cidade. Eles saíram em um Uno branco, que segundo a polícia pertence ao Banco do Brasil, e em um segundo veículo que pode ser um Corsa ou um Pálio, de quatro portas. "Não deu para ver as placas dos carros. Estavam sujas de barro", disse outra pessoa que trabalha ao lado do Banco do Brasil. Os moradores contam que os homens ameaçaram um índio que tentou olhar para os bandidos. "Por isso nós não olhamos muito para os carros", disse.

"Os homens chegaram a pé, pelo centro da cidade. Eles estavam bem vestidos e carregavam bolsas um pouco diferentes do pessoal da cidade, mas achamos que poderiam ser vendedores de outras cidades, que estariam trabalhando em Campinápolis. Quando eles chegaram em frente ao banco, um carro surgiu de repente. Eram os outros assaltantes que traziam policiais civis e militares reféns dentro do carro", conta Bráulio. O morador explica que estava fazendo um lanche em uma barraca próximo ao banco e assistiu toda a ação dos assaltantes. Bráulio conta que parecia ação de cinema.

Os homens que estavam a pé, tiraram armas das bolsas e se juntaram rapidamente ao bando que chegou no carro. Os homens usaram os policiais como escudo e obrigaram o vigilante a abrir a porta do banco. Eles impediram qualquer reação da segurança, sob ameaça de matar os policiais e todos que estavam no banco.

Depois que entraram na agência, os bandidos dispararam muitos tiros. "Toda a cidade ficou assustada. Pensamos que eles tivessem matado alguém dentro da agência. Ao ouvir os tiros, todo mundo se abrigou dentro das lojas e atrás de carros estacionados na rua. Todos ficaram com medo", contou o morador.

Os assaltantes usavam fuzis, pistolas calibre 765 e escopetas calibre 12. Depois de pegar todo o dinheiro, inclusive o que estava no cofre, eles fugiram com os reféns. Os moradores acreditam que pelo menos um terceiro carro dava cobertura aos assaltantes. "Pelo que nós observamos, o dinheiro não foi levado pelos dois carros que saíram com os reféns e os assaltantes. Tinha um terceiro carro que estava rondando o banco durante o assalto e ficou estacionado algum tempo na rua que passa nos fundos da agência. No momento da fuga, este carro estava próximo aos outros dois que estavam envolvidos diretamente no assalto e alguns pacotes foram passados para este terceiro veículo. Acredito que seja o dinheiro", disse um comerciante ao RMT Online.

"Aqui em Campinápolis muitas famílias receberam lotes no assentamento Santa Fé. Hoje eles receberiam parte do dinheiro para investimento nos lotes. Acredito que isso chamou a atenção dos assaltantes. E tem outro detalhe: aqui tem muitas aldeias indígenas. São aproximadamente 40. Os índios também recebem dinheiro do Governo Federal. Eu não sei qual é a data, mas talvez isso também tenha chamado a atenção dos ladrões", disse um comerciante da cidade.

Durante os disparos, alguns tiros acertaram paredes de lojas próximas do banco. No momento da fuga, na rua, os ladrões saíram com os carros bem devagar e não dispararam nenhum tiro.

O Centro Integrado de Operações e Segurança Pública (Ciosp) em Cuiabá já confirmou que o helicóptero do Grupamento Aéreo da PM e vários policiais já estão na região para ajudar na perseguição aos assaltantes. A PM de Barra do Garças e outras cidades próximas a Campinápolis também já montaram várias barreiras e também procuram pelos assaltantes.

Outros casos

Nos últimos 30 dias foram registrados pelo menos dois roubos a banco no interior de Mato Grosso. Ladrões roubaram a agência do Sicredi de Gaúcha do Norte, no dia 6 de outubro, e também o Sicredi de Cocalinho, no dia 4 de outubro.





Fonte: Da Redação

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