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Reino Unido e República da Irlanda apresentam planos para Ulster
A iniciativa pretende complementar os conteúdos políticos do "mapa do caminho" de Londres e de Dublin, e impulsionar o processo de paz conhecido como "acordo de Saint Andrews".
A meta do acordo é restaurar, em 26 de março, a autonomia da província que está suspensa desde outubro de 2002.
Nas recentes negociações de paz realizadas em Saint Andrews, na Escócia, os primeiros-ministros do Reino Unido, Tony Blair, e da Irlanda, Bertie Ahern, comprometeram-se em oferecer ao futuro Executivo de Belfast os recursos necessários para que ele funcione de forma plena.
O novo documento identifica várias áreas de cooperação entre Dublin e Belfast, mas dá atenção especial ao desenvolvimento da infra-estrutura, da saúde, dos recursos energéticos e do comércio exterior.
Os Governos da República da Irlanda e do Reino Unido acreditam que o "planejamento conjunto" contribuirá para o avanço econômico do Ulster, uma região castigada por mais de 30 anos de conflito entre suas duas comunidades principais, a nacionalista (católica) e a unionista (protestante).
Embora o estudo não mencione projetos específicos, está previsto nele o investimento de até 100 bilhões de euros nos próximos dez anos, com o objetivo de melhorar a infra-estrutura da região.
O plano pretende também estreitar as relações na área de pesquisa e desenvolvimento, com ênfase na apresentação de trabalhos conjuntos, para "aproveitar ao máximo" as ajudas econômicas da União Européia (UE).
O ministro de Exteriores irlandês, Dermot Ahern, disse hoje que a "competitividade em escala global" da ilha passa pela "cooperação de todas suas instituições", sejam elas do norte ou do sul da Irlanda.
O ministro para o Ulster britânico, Peter Hain, falou das oportunidades que a aplicação do plano de desenvolvimento econômico de Londres e Dublin podem trazer para a restauração das instituições autônomas norte-irlandesas.
Ao mesmo tempo, a cooperação entre o norte e o sul é vista com desconfiança pelos partidos unionistas - defensores de manter a união com a Coroa Britânica -, que acreditam que o envolvimento de Dublin nos assuntos da província é um dos primeiros passos para a unificação da ilha.
Neste sentido, o moderado e nacionalista Partido Social-Democrata e Trabalhista (SDLP) disse hoje que os unionistas "não têm nada a temer".
O vice-líder do partido, Alasdair McDonnell, disse que o fato de a região "não se beneficiar do espetacular crescimento econômico conseguido pela República da Irlanda nos últimos dez anos é absurdo".
"Não tem nenhum sentido haver um ''boom'' econômico em Dublin enquanto a 100 milhas de distância, em Belfast, nós sofremos uma crise econômica", disse.
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