Identificados os soldados alemães que profanaram cadáver no Afeganistão
"Quatro deles não estão mais nas forças armadas alemães e os outros dois sofrerão as consequências apropriadas", declarou na noite desta quarta-feira o ministro alemão de Defesa, Franz Josef Jung, à rede de TV pública ZDF.
Segundo a rádio Deutschlandfunk, um dos suspeitos admitiu os fatos.
A revelação na quarta-feira pelo jornal Bild da profanação de um crânio humano por soldados alemães perto de Cabul provocou reações de indignação na Alemanha. A chanceler Angela Merkel classificou as fotos de "impressionantes e horríveis".
Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, declarou ao jornal de Berlim Der Tagesspiegel que o comportamento dos soldados envolvidos no escândalo é "inaceitável".
Já o presidente da Associação de Soldados Alemães, Bernhard Gertz, mostrou receio que "o mundo árabe e muçulmano se volte contra nós".
Os fatos são objeto de dupla investigação: uma de caráter militar, no ministério da Defesa, e a outra é judicial por "perturbar a paz dos mortos", empreendida pela promotoria de Potsdam, na periferia de Berlim, onde está baseado o Estado-Maior das forças de intervenção alemãs.
Penalmente, os suspeitos podem receber uma condenação de até três anos de prisão sem liberdade condicional.
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