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Sentença que atribui morte de menina a doação de órgãos comove argentinos
Um juiz da província de Misiones (nordeste), Carlos María de la Cruz, determinoiu que a menina María Agustina Bernasconi faleceu devido à ablação de seus órgãos para transplante e não pelo forte traumatismo craniano provocado quando ela foi atropelada por uma caminhonete, como indica o certificado de óbito.
"Os pais da menina não provaram que ela estava em estado vegetativo irreversível", alegou o magistrado nesta quarta-feira em declarações na rádio, após as duras críticas que recebeu por sua sentença.
No entanto, o ministro argentino da Saúde, Ginés González García, qualificou De la Cruz de "ignorante supremo" e sua decisão de "absurda", pedindo "uma sanção exemplar e rápida" contra o juiz.
"É evidente que esse caso não pode ficar assim, sem uma punição exemplar. Essa sentença absurda põe a culpa nos pais", frisou o ministro.
María Agustina Bernasconi foi atropelada em 5 de março de 2000 por uma caminhonete dirigida por uma menor de 16 anos que circulava em ziguezague e na contramão na frente de sua casa em Puerto Iguazú.
Ela morreu quatro dias depois em um hospital por "traumatismo craniencefálico", segundo seu certificado de óbito.
Após a morte da menina , os pais permitiram a doação de seus órgãos para transplante, e o juiz que deu a autorização aos médicos para a extração dos órgãos foi justamente De la Cruz.
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