Escola estadual realiza projeto para despertar alunos empreendedores
O projeto, que foi implantado em 1999, este ano foi dividido em dois subtemas: “Empreendedorismo na escola com responsabilidade social e ambiental” – direcionado ao ensino Médio – e “Explorando o ambiente: Deslocando olhares e lugares” – direcionado ao ensino Fundamental.
Conforme explica a coordenadora, Lilia Márcia de Souza Figueiredo, durantes as aulas, os alunos do Ensino Médio aprenderam a planejar e abrir seu próprio negócio. Para tanto, eles foram orientados quanto às técnicas de compra e venda, manipulação do dinheiro, investimento e marketing.
“Na mostra cultural, os estudantes montaram barracas para venda de alguns produtos como, por exemplo, chinelos com miçangas, doces, peças em artesanatos, panos de prato, plantas medicinais, materiais de limpeza, pratos com comidas típicas do Brasil, entre outros. Esse trabalho comprovou que eles entenderam o que é ser empreendedor”, observou a coordenadora.
O projeto foi trabalhado interdisciplinarmente, em todas as áreas de ensino. A diretora, Maria das Dores Brás Costa, informou que os professores tiveram uma participação importante na realização do trabalho. “Cada um deles, conseguiu usar o tema de uma forma, porém direcionando para a sua disciplina. Um bom exemplo disso foram os materiais de limpeza, feitos no laboratório de química da escola, pelos próprios alunos”, explicou.
Na disciplina de História, a época das cavernas foi usada para mostrar que, desde os tempos primórdios, o homem já era um empreendedor. Já a Matemática destacou as equações para calcular o valor de custo, de venda e a margem de lucro de cada produto. Os trâmites legais para a abertura de uma empresa e as pesquisas de mercado foram abordas pela Sociologia.
A professora de física, Edna Ferreira Caramanico, explica que utilizou a propagação do som como forma de comunicação e marketing. “Nós montamos uma rádio com a finalidade de mostrar aos alunos as perspectivas de trabalho e de que forma ele pode usar a comunicação como profissão”, disse.
Edna destacou ainda, que a intensidade sonora do som, tem que ser levada em consideração pelas pessoas que trabalham com música e equipamento sonoro. “Elas não se dão conta do mal que um ruído muito forte pode causar a audição”, acrescentou.
“É uma oportunidade dos jovens conhecerem, desde cedo, o mundo do trabalho. Durante as aulas eu aprendi a lei da oferta e da procura e também sobre a concorrência de mercado, onde vende mais quem tem melhor produto e menor preço”, observou o aluno do segundo ano, Wagner de Oliveira.
A diretora lembrou que o projeto despertou muitos talentos. “Cada aluno se destaca em uma área e o projeto foi a oportunidade de mostrar isso. A escola procura fazer com que os estudantes despertem para o empeendedorismo levando em consideração a sua preferência”, concluiu.
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