PM defende construção de um novo Cadeião próximo a Mata Grande
A PM alega que o popular Cadeião está situada em área urbana, que qualquer troca de tiros colocará em risco pessoas que moram na região, falta estrutura adequada tanto para detentos quanto para policiais e demais funcionários que trabalham no local e ainda existe o problema da superlotação.
O comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Wilkerson Felizardo Sandes disse hoje que a desativação da Cadeia será defendida pela PM de agora em diante. Embora defenda a desativação do Cadeião, Wilkerson anunciou que irá reforçar o policiamento externo, colocando policiais armados para fazerem a segurança nos fundos da cadeia, local por onde os presos estão fugindo. O reforço foi discutido hoje entre o comando da PM e a diretora da unidade prisional Joviane Cruz Mazine.
A iniciativa aconteceu depois de constantes cobranças pela imprensa, em decorrência das fugas que aconteceram nos últimos dias. Ao todo, 26 detentos fugiram pelo muro dos fundos nos últimos três meses.
“Agora estaremos com policias armados no lado de atrás da cadeia. O uso da arma de fogo é o último recurso usado pela PM, mas neste caso só nos restou a força letal”, argumentou Wilkerson. O aviso para os presos é que quem tentar fugir vai ser alvo de tiros.
O comandante não disse quantos homens a mais serão colocados para fazer a segurança no local. A segurança da Cadeia não depende só da PM, internamente há agentes prisionais que trabalham junto aos presos e que também devem garantir a segurança. As falhas internas não foram explicadas, já que, a diretora da Cadeia Pública, Joviane Cruz Mazine possui determinação da Secretaria de Justiça e Segurança Pública para não conceder entrevistas aos meios de comunicação.
Wilkerson disse que durante a reunião ocorrida na manhã de hoje, ela acatou as mudanças propostas pela PM, mas ele não soube dizer se vai haver alterações para melhorar a segurança interna da Cadeia.
Vale lembrar que para fugirem os presos precisam cerrar as grades que ficam no teto do banho de sol e para fazerem isso precisam ficar pendurados em cordas feitas de lençóis durante um longo tempo. Nas três fugas nenhuma agente prisional, pessoa que faz a segurança interna da cadeia e deve fazer rondas temporárias, viu os presos agindo.
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