Grã-bretanha lança programa para atrair cérebros
O objetivo é competir com outros esquemas de financiamento de ciência de renome mundial, como as bolsas Rhodes, dos Estados Unidos, e a fundação Humboldt, da Alemanha. A entidade Royal Society, uma das instituições mais antigas da Grã-Bretanha de apoio à ciência, deve aumentar a verba do seu programa de bolsas, atualmente com orçamento de 100 milhões de libras (cerca de R$ 400 milhões).
Desde 1997, o orçamento anual do governo para ciência aumentou de 1,3 bilhões de libras (R$ 5,2 bilhões) para 3,5 bilhões (R$ 140 bilhões) ¿ um incremento de quase 170%. No entanto, a entidade não-governamental Science Community Partnership Supporting Education (sigla Score, em inglês) manifestou preocupação com o futuro do ensino de ciência nas escolas britânicas. Mas o momento é considerado de crise.
Vários departamentos científicos das faculdades tiveram de fechar recentemente, porque a verba do governo está muito concentrada nas universidades com maior prestígio, segundo as regras atuais de financiamento.
A entidade cita como exemplo a procura pela disciplina de física nas faculdades entre os alunos com melhores notas, que caiu drasticamente desde 1991. A Score recomenda que o governo promova o interesse pela ciência nas escolas.
O governo britânico cita como modelo a fundação Humboldt, da Alemanha, que já financiou mais de 20 mil cientistas e produziu 35 ganhadores do Prêmio Nobel. "Para ser o melhor, você precisa trabalhar com o melhor. Esse novo esquema pretende atrair os melhores da ciência para a Grã-Bretanha", afirma Darling.
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