Enviado da ONU deixa Sudão após receber ordem de expulsão
Segundo Ashuri, Pronk viajou esta madrugada para os EUA para se reunir com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. A porta-voz acrescentou que está previsto que o Conselho de Segurança da organização discuta na quarta-feira a decisão do Governo sudanês de expulsar Pronk do país.
No entanto, Ashuri assegurou que Pronk ainda é o enviado especial da ONU para o Sudão até um próximo aviso.
No domingo, o Ministério de Exteriores do Sudão deu um prazo de três dias a Pronk para que deixasse o país, depois que ele foi considerado uma pessoa "non grata".
O anúncio foi feito pelo porta-voz do ministério, Ali Sadeq, que acusou o enviado da ONU de "ir além do mandato das Nações Unidas" durante sua estada no Sudão.
O Exército Popular de Libertação do Sudão, que faz parte do Governo, condenou a decisão de expulsar Pronk. Um dos dirigentes do grupo, Dinq Alur, disse que a decisão não representa a vontade do movimento, e sim a do partido da Conferência Nacional.
O anúncio da expulsão de Pronk aconteceu três dias depois que o Exército do Sudão acusou o enviado de "intervenção flagrante" nos assuntos internos das forças armadas.
Segundo o Exército sudanês, Pronk negociou com os rebeldes da região de Darfur, no oeste do Sudão, sem respeitar as considerações do Governo, o que, para o Exército, constitui "uma guerra psicológica" em favor dos insurgentes da região.
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