Britânicos querem soldados fora do Iraque logo, dizem pesquisas

A maioria dos britânicos considera que os soldados do país deveriam ser retirados do Iraque o mais brevemente possível, segundo duas pesquisas divulgadas na terça-feira.

Uma delas, do instituto ICM para o jornal Guardian, mostrou que 60 por cento dos entrevistados querem a retirada ainda neste ano, sendo que 45 por cento consideram que ela deveria ser imediata.

Só 30 por cento apóiam a permanência das tropas até que as forças iraquianas consigam controlar a segurança do país, posição defendida pelos governos dos EUA e da Grã-Bretanha.

Na pesquisa CommunicateResearch para o jornal Independent, 62 por cento dos britânicos querem a retirada das tropas assim que possível.

De acordo com a pesquisa, 72 por cento acham que será impossível ganhar a guerra, e um número semelhante considera que haverá guerra civil no Iraque se as forças britânicas e norte-americanas saírem.

O vice-primeiro-ministro britânico, Barham Salih, disse na segunda-feira em Londres que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha não deveriam abandonar o Iraque. "Acho que seria pouco recomendável fazê-lo", afirmou à BBC.

"O Iraque é um Estado essencial. Fica no coração do Oriente Médio, e a estabilidade do Iraque é vital, não só para o povo do Iraque, mas para a região e para o mundo como um todo", afirmou.

A Grã-Bretanha mantém 7.200 soldados no Iraque, a maioria no sul do país.