Seqüestrado em Gaza fotógrafo espanhol da Associated Press
O fotógrafo Emilio Morenatti foi seqüestrado por quatro homens armados e encapuzados quando deixava seu domicílio no centro de Gaza no início da manhã, afirmaram as fontes.
Os seqüestradores retiveram o motorista que esperava Morenatti e enfiaram o fotógrafo num Volkswagen branco estacionado por perto, segundo as testemunhas.
Nenhum grupo reivindicou o ato até o momento.
Morenatti é um fotógrafo da AP que já cobriu vários conflitos, entre eles o do Afeganistão. A agência americana não quis fazer comentários.
Tanto o movimento islamita Hamas, que dirige o governo palestino, como a presidência da Autoridade Palestina condenaram o seqüestro e exigiram a libertação imediata do refém.
"Exigimos que os seqüestradores o libertem imediatamente", declarou à AFP um porta-voz do Hamas, Ghazi Hamad, esclarecendo que não conhecia os autores do seqüestro, nem suas motivações.
"Condenamos firmemente este seqüestro e estamos fazendo todo o possível para libertá-lo", acrescentou, enfatizando que essa ação "está em contradição com os interesses nacionais e mancha a imagem dos palestinos".
Em Ramallah, o gabinete do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, também censurou o ocorrido. "Condenamos este seqüestro e pedimos aos seqüestradores que o libertem imediatamente", afirma um comunicado.
"Os serviços de segurança palestinos já começaram as buscas", acrescentou.
O consulado espanhol em Jerusalém informou que está agindo para conseguir a libertação de Morenatti.
"Estamos a par. Estamos fazendo tudo que podemos", indicou um alto funcionário.
Os seqüestros de estrangeiros nos territórios palestinos, mergulhados numa crise política e financeira sem precedentes desde que o governo do Hamas assumiu o poder em março, se multiplicaram nos últimos meses e geralmente são obra de grupos desconhecidos.
O mais recente data de 11 de outubro, quando um estudante americano, Michael Phillips, foi levado por um grupo até então desconhecido, o movimento Ansar al Suna, em Nablus, norte da Cisjordânia.
O estudante foi libertado no mesmo dia por membros das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, um grupo armado ligado ao Fatah, o partido de Abbas.
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