Médico é condenado a 18 anos pela morte da mulher

O oftalmologista José Juarez Cardoso Corrêa, 55 anos, foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado de sua mulher, a administradora Maria Teresinha Harb Corrêa, 51 anos. A sentença foi lida às 21h15 de ontem, pelo juiz Luís Felipe Paim Fernandes, no Fórum Central de Porto Alegre (RS).

Corrêa foi considerado culpado por seis votos a um . O crime ocorreu em 25 de abril de 2005. O médico está preso há 17 meses e voltou a negar o crime no depoimento de ontem. Ele disse ser vítima de uma armação feita pela empregada da família, Ana Lúcia de Oliveira Gonçalves, 45 anos.

Ré confessa do crime, Ana era funcionária da casa da vítima há 15 anos. O julgamento dela ainda não tem data definida por causa de um recurso encaminhado ao Tribunal de Justiça (TJ). Corrêa admitiu ter tido um relacionamento amoroso com a empregada no passado, o que foi negado pela doméstica.

O médico negou as acusações de ter forjado bilhetes da vítima com teor suicida. Ele admitiu, no entanto, ter pedido uma certidão de óbito de suicídio para um amigo médico. Disse ter ficado transtornado após "encontrar a mulher morta".

De acordo com o jornal Zero Hora, o promotor Luís Antônio Portela sustentou que o oftalmologista comandou a morte, auxiliado pela empregada. O advogado Renato Nakahara disse que Corrêa não estava no apartamento no horário do crime e apresentou um tíquete de estacionamento como álibi. O defensor disse que recorrerá da sentença ao Tribunal de Justiça.