Papa defende "silêncio e contemplação" para não inflar discursos

O Papa Bento XVI pediu hoje, na inauguração do ano acadêmico dos ateneus pontifícios, o cultivo do "silêncio e contemplação" para não "recair na inflação dos discursos do mundo".

"Apenas se provier do silêncio e da contemplação nossas palavras podem ter valor e utilidade, e não recair na inflação dos discursos do mundo, que buscam o consenso da opinião comum", disse o Papa durante seu discurso aos estudantes e professores dos ateneus pontifícias.

Bento XVI discursou no final da missa de inauguração do ano acadêmico, realizada em São Pedro pelo chefe regional da Congregação para a Educação católica, cardeal Zenon Grocholewski.

O Papa lembrou estudantes e professores da necessidade de que, "junto com o crescimento cultural", haja uma "equilibrada maturidade humana e uma profunda formação ascética e religiosa".

Além disso, acrescentou que quem quiser ser "amigo de Jesus", seja laico ou religioso, deve cultivar "uma amizade com ele através da meditação e da oração".

O Pontífice disse que a comunidade acadêmica eclesiástica é formada por cerca de 15.000 pessoas e "caracterizada pela grande variedade de procedências", que manifestam "a universalidade e unidade da Igreja Católica".

Também definiu os ateneus pontifícios "como uma bela comunidade, porque se dirigem aos jovens, dando-lhes a oportunidade de entrar em contato com instituições de alto valor teológico e cultural, e oferecendo-lhes a possibilidade de enriquecer de experiências eclesiásticas e pastorais".