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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 23 de Outubro de 2006 às 09:45

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O vice-primeiro-ministro iraquiano, Barham Saleh, pediu hoje em Londres à comunidade internacional que não saia correndo do país árabe e ressaltou que o futuro do Iraque é "essencial" para a ordem mundial.

Em declarações à imprensa após reunir-se com o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, Saleh afirmou que cabe ao Governo eleito do Iraque adotar "as decisões difíceis" e previu que as forças iraquianas vão assumir um peso maior no controle da segurança do país.

No entanto, Saleh insistiu em que "durante algum tempo" o Iraque continuará precisando do respaldo da comunidade internacional.

"Achamos que a comunidade internacional não tem a opção de sair correndo. O futuro do Iraque é essencial para o futuro do Oriente Médio e a ordem mundial", disse Saleh aos jornalistas no número 10 de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido.

O vice-primeiro-ministro iraquiano, que também deve reunir-se com a chefe da diplomacia britânica, Margaret Beckett, lembrou que a sociedade iraquiana faz a transição de uma tirania para uma democracia no coração de um Oriente Médio islâmico.

"Esta não é uma situação singela, mas estamos conscientes de nossa responsabilidade", acrescentou.

O vice-primeiro-ministro iraquiano lembrou que o Iraque de Saddam Hussein era um país "instável" e um "refúgio de terroristas", enquanto atualmente é parceiro "da comunidade internacional na luta contra o terrorismo internacional".

Saleh se negou a comentar as declarações de um diplomata dos Estados Unidos, segundo as quais seu país tinha sido "arrogante" e "estúpido" no Iraque.

"Não quero interferir nos assuntos internos dos EUA, que é nosso parceiro. Apreciamos o que os EUA e o Reino Unido fazem (no Iraque)", acrescentou.

Fontes de Downing Street tinham descartado previamente que a reunião de hoje entre o primeiro-ministro Blair e Saleh estivesse centrada em acelerar a retirada das forças britânicas do sul do Iraque.

"O primeiro-ministro e Barham Saleh falarão da atual situação no Iraque, mas é errado sugerir que o primeiro-ministro o pressionará sobre uma estratégia de saída", acrescentou um porta-voz de Downing Street.

As conjeturas sobre se os EUA e o Reino Unido estudam para encontrar uma estratégia de saída do Iraque aumentaram nas últimas semanas, frente à deterioração da segurança no país. Este mês foi um dos mais sangrentos para as forças americanas desde o início da invasão, em março de 2003.

O secretário de Estado de Assuntos Exteriores britânico, Kim Howells, disse neste domingo que as forças iraquianas deveriam ser capazes de assumir a segurança em seu país no prazo de um ano.

No entanto, o ministro de Defesa britânico, Des Browne, recusou-se a fixar um prazo e insistiu na posição defendida reiteradamente pelo Governo de Londres de que as tropas do Reino Unido se retirarão "quando o trabalho estiver terminado".





Fonte: EFE

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