Budapeste vive enfrentamentos antes de celebrações de revolução

Antes do começo hoje das homenagens ao 50º aniversário da revolução húngara, enfrentamentos foram registrados na praça Kossuth de Budapeste, que foi palco durante um mês de protestos contra o primeiro-ministro social-democrata, Ferenc Gyurcsány.

A Polícia retirou do local e seus arredores vários manifestantes que não cumpriram com o estipulado pelas forças de segurança sobre como seriam realizados os protestos durante as celebrações, informaram hoje as forças da capital.

Segundo esse acordo, a Polícia cercaria a praça e os manifestantes haviam se comprometido a passar por um controle das forças especiais para garantir a segurança.

O relatório policial assinala que "os manifestantes não cumpriram o acertado e os agentes não puderam controlar a área", o que fez com que a praça fosse desocupada.

A imprensa húngara informa que alguns dos manifestantes tinham feito no domingo um pedido de "resistência" contra as restrições policiais e uma "mobilização", mas um porta-voz dos protestantes desmentiu à agência "MTI" que houvesse planos violentos.

Segundo o serviço de internet "index", cerca de duas mil pessoas estiveram durante a noite na Praça Kossuth e, segundo a imprensa local, poucos manifestantes enfrentaram a Polícia, embora dois deles tenham sido detidos.

Participam dos atos comemorativos dos 50 anos da revolução húngara 56 delegações estrangeiras.

Serão celebrados na manhã de hoje, na Praça Kossuth, atos oficiais nos quais participarão 18 presidentes, como os de Portugal, Alemanha, Áustria, Irlanda e Ucrânia.

Esta praça é palco desde 17 de setembro dos protestos contra Gyurcsány, depois que a imprensa local divulgou uma gravação no qual o governante admitia ter mentido para ganhar as eleições legislativas de abril.