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Segunda - 23 de Outubro de 2006 às 04:33

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O consórcio brasileiro E-Vote responsabilizou na sexta-feira a autoridade eleitoral do Equador pela falha na contagem rápida dos votos nas eleições do país. "O atraso na contagem foi responsabilidade total do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Equador, que descumpriu o contrato com a E-Vote", disse Gilberto Freitas, diretor financeiro da empresa brasileira em entrevista por telefone à Reuters.

O executivo considerou que houve "incompetência" na forma de atuar do TSE equatoriano e disse que o consórcio brasileiro contratou uma empresa de advogados em Quito "que estuda a melhor forma de proteger" as equipes da companhia e seus direitos legais nesse país, assim como defender "a imagem da empresa".

O Equador passou por eleições gerais no domingo, quando o TSE anunciou a ruptura de seu contrato com a E-Vote ao alegar que a empresa brasileira não cumpriu com os prazos de entrega dos dados de contagem rápida dos resultados preliminares, que causou tropeços na apuração dos votos.

Freitas disse que a E-Vote notificou judicialmente o TSE equatoriano e atribuiu as falhas no processo de contagem a mudanças no sistema de informática realizadas pelo tribunal sem avisar a empresa.

Ele afirmou ainda que os equipamentos de informática levados ao Equador pela E-Vote ficaram retidos 20 dias na alfândega equatoriana, o que impediu a realização de testes prévios.

"Houve incompatibilidade nos mapas de software, o que gerou um colapso no sistema. Essa foi a causa do atraso (na entrega) dos resultados", declarou o executivo brasileiro.

"Atribuo isso à incompetência do TSE; não poderia ter alterado um instrumento básico do processo sem ter nos comunicado com antecedência", completou.

O contrato da E-Vote com o TSE equatoriano totalizava 5,2 milhões de dólares, mas a empresa brasileira recebeu 2,6 milhões, segundo Freitas.

Segundo os resultados oficiais das eleições do Equador, o magnata Alvaro Noboa disputará o segundo turno em 26 de novembro com o nacionalista Rafael Correa.





Fonte: Reuters

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