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Internacional
Domingo - 22 de Outubro de 2006 às 12:42

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Os Estados Unidos demonstraram "arrogância" e "estupidez" no Iraque, disse um diplomata norte-americano do alto escalão em entrevista divulgada por um canal de notícias árabe neste domingo, depois de o presidente norte-americano, George W. Bush, ter admitido que as táticas para combater a violência no país poderiam mudar.

"Tentamos fazer o melhor (no Iraque), mas acho que há muito espaço para críticas porque, sem dúvida, houve arrogância e houve estupidez dos EUA no Iraque", disse Alberto Fernandez, uma autoridade graduada do Departamento de Estado dos EUA, à rede de tevê Al Jazeera.

Fernandez deu a entrevista em idioma árabe, e partes foram transmitidas pelo canal neste domingo.

O Departamento de Estado norte-americano disse antes que a tradução dos comentários publicados no site da Al Jazeera em inglês foi equivocada.

"O que ele (Fernandez) diz é que não é uma citação exata", disse o porta-voz do Departamento Sean McCormack. Questionado se achava que os EUA deveriam ser julgados por serem arrogantes, McCormack disse "não".

Segundo o site da Al Jazeera em inglês, Fernandez disse também que os EUA estão abertos a falar com qualquer grupo iraquiano, fora a Al Qaeda, para acabar com a violência.

Segundo a Al Jazeera, um porta-voz do Partido Baath, do líder afastado Saddam Hussein, disse antes que os EUA estão procurando uma saída do Iraque e que os insurgentes estão dispostos a negociar, mas que não vão depor as armas.

O porta-voz, Abu Mohammed, ressaltou uma série de condições para aceitar negociar com os EUA, disse o site.

As exigências incluem a volta das forças armadas de Saddam ao serviço, o fim de todas as leis adotadas desde que ele foi removido do poder, reconhecimento dos grupos insurgentes como representantes únicos do povo iraquiano e um calendário para a retirada das tropas estrangeiras.

Segundo o site, Fernandez rejeitou as condições do Partido Baath.

"Há um elemento de farsa neste anúncio... Eles estão muito fora da realidade", disse ele, segundo o site.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que enfrenta uma queda na aprovação em relação à guerra no Iraque antes das eleições ao Congresso de 7 de novembro, reconheceu no sábado, em seu discurso semanal pelo rádio, que a violência no Iraque cresceu muito.

Ele se encontrou no sábado com comandantes militares dos EUA para debater a guerra no Iraque reiterou a mensagem recente de que vai fazer "todas as mudanças necessárias" nas táticas para tentar reduzir a violência.





Fonte: Reuters

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