Interpol procura 16 brasileiros foragidos
A relação tem conhecidos como o ex-promotor de Justiça de São Paulo Igor Ferreira da Silva, acusado de assassinato, e desconhecidos como Iracema Beraldo, suspeita de apropriação indébita.
Estes brasileiros entraram na relação da Interpol a pedido da Justiça que os condenou e porque as autoridades tinham indícios de que poderiam estar no exterior ou no próprio Brasil (no caso dos procurados fora). Na maioria dos casos, o órgão ainda não tem pistas de possíveis localizações.
Em 2005, um brasileiro da lista da Interpol foi capturado. Trata-se de Salvador Reis de Lima, que foi preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Ele responde por um homicídio e ainda não foi extraditado.
Mais famoso dos 16 procurados, o promotor Igor Ferreira, 39, foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão pelo assassinato da mulher Patrícia Aggio Longo em julho de 1998, em Atibaia (SP).
Na época, Patrícia estava grávida de sete meses. Ele chegou a negar o crime e teve como um dos advogados o atual ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Até o momento, a Interpol não encontrou pistas de que ele poderia estar fora do país.
Na mira da Interpol está também um dos suspeitos de ser um dos barões do narcotráfico na fronteira com o Paraguai: o gaúcho Irineu Domingos Soligo, o Pingo, que possui condenações por tráfico de drogas que somam 40 anos.
Seu filho foi preso no dia 10 de agosto com 120 kg de cocaína. Em 2005, um avião usado no transporte de drogas de sua quadrilha foi abatido em Santana do Livramento (RS). Ele possuiria uma fazenda na cidade paraguaia de Capitán Bado.
O órgão está na caça do empresário Santo Martinello, 50, acusado de ter estuprado e matado Alessandra Lodi Brandão, de apenas 6 anos, em 2001, na cidade de Lucas do Rio Verde (MT). Já esteve preso, mas teve a prisão revogada em 2002 e sumiu. Não há pistas sobre o seu paradeiro.
O mineiro Oswaldo Lanna Rodrigues, 38, é procurado pela polícia dos Estados Unidos sob acusação de ter cometido um homicídio, além de assaltos, no Estado da Pensilvânia. Segundo a Interpol, viveria entre o Rio e Minas Gerais.
O gaúcho Luiz Melatti dos Santos, 64, foi condenado a 22 anos de prisão pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul por ter cometido fraudes na Previdência Social entre os anos de 1992 e 94 e falsificado passaportes.
A Interpol tem informações de que ele estaria vivendo hoje nos EUA. O também gaúcho César Antônio Hoisler, 40, entrou na lista, a pedido da Justiça argentina, por ser suspeito do assassinato do estudante Cristian Rivera, então com 21 anos, em agosto de 2002 na cidade de Gapura, no país vizinho.
Investigações indicam que Hoisler matou Rivera porque este teria lhe parado em uma estrada e cobrado pedágio. A Interpol ainda não sabe onde ele possa estar.
Outro procurado é o paulista Carlos Donizetti Spricido, 40, acusado de envolvimento no escândalo das contas CC5 do Banestado (remessa irregular de dinheiro para o exterior), entre 1996 e 2002.
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