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Esportes
Sábado - 21 de Outubro de 2006 às 11:35

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Os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro podem ser marcados pela ausência do controle antidoping. A burocracia brasileira continua emperrando a importação de substâncias para a realização dos testes e o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnologico (Ladetec), indicado pelo Comitê Organizador do Pan (Co-Rio), poderá ser descredenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada).

Por causa da legislação brasileira, algumas substâncias que são proibidas no País, como a cocaína e a maconha, demoram um tempo maior para serem liberadas para a importação. O atraso pode ser fatal para o Ladetec, que já sofre com a falta de algumas drogas importantes, que acabaram ou tiveram o prazo de validade vencido.

O grande problema é que a comissão da Wada deverá realizar a qualquer momento a renovação do credenciamento do laboratório. Se qualquer dos componentes de amostra esteja inadequado ou esteja em falta, o Ladetec não receberá o credenciamento e não poderá mais fazer exames antidoping em qualquer competição.

"Estamos jogando com a sorte", afirma, desolado, o Dr. Francisco Radler, coordenador do Ladetec.

Para a realização dos exames nos Jogos Pan-Americanos, o Co-Rio investiu alto. O material, de última geração e fabricado pela empresa americana Agilent, custou mais de R$ 5 milhões. Anteriormente, outros R$ 2 milhões já haviam sido investidos em equipamentos. Todos já estão no Brasil, prontos para serem utilizados nos testes.

"O excesso de burocracia no País pode ser fatal. Continuamos lutando", afirma Radler.

Para tentar acelerar a importação das substâncias, o Ministério do Esporte criou em setembro uma comissão para cuidar do processo. A intenção era solucionar a questão em 60 dias, mas até agora não existe uma definição.





Fonte: Lancepress!

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