Rice diz que Coréia do Norte quer aumentar as tensões
Notícias divulgadas na imprensa, na sexta-feira, alimentaram a esperança de que a tensão estivesse diminuindo. Segundo essas informações, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, dissera esta semana ao enviado chinês Tang Jiaxuan que não tinha planos de realizar novos testes nucleares.
Mas Rice se reuniu com Tang em Pequim na sexta-feira e disse aos jornalistas que o enviado chinês não havia obtido uma conquista diplomática deste porte em sua visita à Coréia do Norte.
"Tang não me disse que Kim Jong-il se desculpou pelo teste nem que ele afirmou que nunca faria um teste novamente", declarou Rice.
A Rússia é a última parada no giro de cinco dias da secretária norte-americana, que tem como objetivo conseguir apoio a sanções econômicas e ao embargo de venda de armas aprovados pela ONU contra Pyongyang na semana passada em retaliação ao teste nuclear subterrâneo praticado em 9 de outubro.
A secretária negou as notícias de que o líder norte-coreano havia se desculpado e dito estar arrependido. "Os chineses não disseram nada sobre um pedido de desculpas, numa exposição muito detalhada que fizeram a mim", afirmou Rice.
"Eu acredito que os norte-coreanos gostariam de ver uma escalada na tensão."
Rice também disse ter dúvidas sobre a intenção de Pyongyang de voltar a participar das negociações multilaterais com seis países, congeladas por quase um ano. Kim Kye-gwan, principal negociador norte-coreano sobre a questão nuclear, havia dito antes a um canal de TV dos EUA que esta era a intenção da Coréia do Norte.
A Coréia do Norte vem boicotando as negociações porque Washington acusa o país de falsificar dinheiro e impôs restrições às suas atividades financeiras internacionais. Rice disse que essas restrições continuarão a vigorar.
Antes de deixar a China, Rice disse que o tom da Coréia do Norte ainda é beligerante.
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