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Copa 2014
Segunda - 04 de Março de 2013 às 10:51
Por: Renê Dióz

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Reprodução / TVCA
Curso não conseguiu fechar duas turmas de 50 entre 1,2 mil taxistas
Curso não conseguiu fechar duas turmas de 50 entre 1,2 mil taxistas

Um curso de idiomas com o objetivo de qualificar gratuitamente até 50 taxistas deCuiabá com vistas à Copa de 2014 deixou de ser ministrado nesta semana por falta de interesse por parte dos profissionais. Marcado para começar na última segunda-feira (25), o curso oferecido pela Fundação Educacional de Cuiabá (Funec, entidade ligada à Prefeitura) não obteve número suficiente de alunos para fechar as turmas. Entre os profissionais, há queixas de falta de divulgação.

Apenas 12 taxistas do universo de mais de 1,2 mil profissionais em atividade na capital se inscreveram até a semana passada, mas a realização das 70 horas-aula a serem ministradas pelo Serviço Nacional do Comércio (Senac) em parceria com o Sindicato dos Taxistas de Cuiabá (Sintax) estava condicionada ao fechamento de duas turmas de 25 alunos que justificassem o investimento.

Previstas para se estenderem até o final do mês, as aulas seriam ministradas três vezes por semana. O conteúdo consistiria em rudimentos dos idiomas inglês e espanhol bem como de noções sobre turismo e orientações para lidar com os visitantes durante os jogos da Copa de 2014. Além das apostilas, os alunos receberiam CDs para treinar sentenças e vocabulário básicos do inglês e do espanhol durante os períodos ociosos dentro do carro.

Gerente da unidade do Senac Varejo em Cuiabá, Wanderley Siqueira de Mendonça explica que o curso foi formatado com base em outro já aplicado pelo Senac a taxistas da cidade do Rio de Janeiro, que se prepara para receber tanto a Copa do Mundo de 2014 quanto a Copa das Confederações ainda este ano e os Jogos Olímpicos de 2016.

"O curso foi desenvolvido pelo Senac para profissionais que não têm tempo. Por isso não colocamos aulas na quinta e na sexta-feira, que são os dias com mais movimentação para os taxistas. Além disso, fechamos os horário para depois das 18h, que é o horário de pico deles. Mas, quando "colocamos o bloco na rua", formatamos o curso e ofertamos, o interesse não foi aquele que esperávamos", queixa-se o gerente.

A divulgação do curso entre os taxistas, explica Mendonça, começou no ano passado. A intenção era ofertar o curso para 75 profissionais ainda em 2012, mas apenas 25 se dispuseram na época. Como eles fecharam uma turma, o curso foi realizado, mas o contrato teve de receber um aditivo para ofertar as vagas restantes ao longo de março deste ano.

Recém-empossada diretora executiva da Funec, Kelly Sabrina explicou ao G1 na última sexta-feira (1°) que nesta semana tomaria providências no sentido de tentar fazer o curso acontecer, mesmo com atraso.

Vice-presidente do Sintax, Adailton Lutz Leite Bispo explica que os profissionais do setor obtiveram a devida divulgação a tempo do curso, desde que o sindicato obteve junto ao ex-prefeito Chico Galindo a parceria do município com o Senac para a realiazção. Ele reclama do desinteresse da categoria por algo tão essencial para a profissionalização do setor e qualificação para receber clientes estrangeiros em visita à cidade.

"Nós tivemos dificuldade para conseguir. É chato porque o povo fica reclamando, mas falta interesse de verdade", lamenta o sindicalista, lembrando que a demanda por taxistas versados numa segunda língua está crescendo em virtude das viagens de negócios que estrangeiros têm feito cada vez mais frequentemente para o estado.

Divulgação
É exatamente o tipo de situação encarada recentemente pelo taxista Wesley da Costa Oliveira, de 30 anos de idade. Numa de suas últimas corridas de 2012, teve de buscar um coreano no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, e levá-lo para um tour por Cuiabá antes de deixá-lo no hotel.

"Minha sorte era que o cara estava com um tradutor. Provavelmente, com a Copa, vamos ter dificuldade", prevê, alegando que não ficou sabendo do curso ofertado por meio do sindicato da categoria em Cuiabá.

Já o taxista Antônio Carlos da Silva, 36, reclama tanto de divulgação insuficiente quanto da própria inércia dos profissionais. "Não foi esclarecido como seria o curso, foi meio desorganizado. Mas metade dos taxistas também já está velho, aposentando, e a outra metade não tem interesse nessas coisas".





Fonte: Do G1 MT

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