Assessor de Haniyeh diz que Israel aceitou libertar presos
Segundo Ahmed Youssef, assessor do chefe do Governo, Israel teria concordado em libertar presos palestinos, entre eles "ativistas importantes do Hamas e outros presos árabes", em troca da libertação de Shalit.
Youssef também afirmou que o Catar deve apresentar uma nova iniciativa para conseguir um acordo entre as facções palestinas, que seria uma versão modificada da proposta de seis pontos apresentada recentemente por esse país ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e rejeitada pelo primeiro-ministro Haniyeh.
A proposta tem por objetivo encerrar as disputas entre o movimento islâmico Hamas, à frente do Governo, e o ex-governista Fatah, liderado por Abbas, para dar fim ao boicote internacional e conseguir a formação de um Governo de união.
Até o momento, a iniciativa catariana apresentada há mais de duas semanas às partes foi rejeitada pelos dirigentes do Hamas, que se negaram a aceitar o reconhecimento de Israel e a renunciar à violência como ferramenta política.
"O Catar corrigiu sua iniciativa de seis pontos e apresentará outra à liderança do Hamas depois da festividade do Eid el-Fiter (que põe fim ao mês sagrado do Ramadã)", disse Youssef.
Youssef acrescentou que o Catar tem tentado convencer os Estados Unidos a "aceitar uma fórmula que exclua a cláusula que fala do reconhecimento mútuo entre os dois Estados", em alusão a Israel e à futura Palestina, e destacou que "o movimento Hamas aceitou em princípio a proposta catariana".
O assessor do primeiro-ministro rejeitou os planos do presidente Abbas de estabelecer um Governo de transição de um ano e liderado por tecnocratas, que deverá substituir o atual Executivo do Hamas para conseguir acabar com o boicote econômico por parte da comunidade internacional e a retomada das negociações de paz.
"A única solução para a crise é a formação de um Governo de união nacional baseado no documento dos prisioneiros que é de consenso nacional", disse Youssef.
Tanto esse documento como as iniciativas de paz árabes apresentadas ao Governo palestino são rechaçados pelo movimento islâmico Hamas, pois de forma explícita ou implícita o exigem o reconhecimento de Israel e a retirada desse país dos territórios ocupados desde a Guerra dos Seis Dias (1967).
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