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Bolívia negociará até o "último minuto" com petrolíferas
A negociação com as petrolíferas será definida até "o último minuto" do próximo sábado, quando se saberá quais ficarão na Bolívia e quais não, disse hoje o ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Carlos Villegas, em entrevista à Efe.
Nesse dia acaba o prazo fixado pelo decreto de nacionalização que o presidente boliviano, Evo Morales, assinou em 1º de maio e que estabelece 180 dias para que as petrolíferas aceitem o novo marco legal e subscrevam seus novos contratos de operação ou vão embora do país.
"Vamos trabalhar até o último minuto do dia 28 e depois saberemos como foi", disse Villegas, assinalando que recentes negociações com petrolíferas do Equador, Rússia e Venezuela mostraram que as definições vão até o fim dos prazo fixado.
Villegas acrescentou que, por isso, a oito dias de terminar o prazo, é "muito difícil" falar sobre o desenvolvimento das negociações, porque nos últimos momentos pode haver uma aceitação ou uma desistência dos convênios propostos pelo Governo às petrolíferas.
Apesar de faltarem tão poucos dias, também "é muito prematuro falar sobre prorrogações" do data, porque o Governo e as dez petrolíferas às quais foram apresentados novos modelos de contrato estão em uma dinâmica de trabalho que contempla esse dia, disse o ministro.
Assegurou que ainda não foi consultado sobre a iniciativa da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados de ampliar o prazo em um ou dois meses, para liberar o Executivo da pressão que isso representa.
Villegas anunciou que os novos contratos incluirão acordos para saber quais companhias e que jazidas exportarão até 27,7 milhões de metros cúbicos diários de gás para a Argentina pelos próximos 20 anos.
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e Argentina, Néstor Kirchner, assinaram na ontem o acordo que prevê um negócio de cerca de US$ 50 bilhões na exportação de gás e produtos derivados, de acordo com o Ministério de Hidrocarbonetos.
Villegas destacou a importância estratégica que a Bolívia ganha ao se transformar na principal fornecedora do energético ao Brasil e Argentina, "os dois países que têm o maior consumo de gás" na América do Sul, e com a possibilidade de assinar acordos similares com o Paraguai e o Uruguai.
Segundo o ministro, isto não exclui que a Bolívia continue sua participação nos estudos sobre o projeto denominado Gasoduto do Sul, impulsionado pela Venezuela, que tem como o objetivo de prover com gás venezuelano aos mercados argentino e brasileiro.
Com a Petrobras, o diálogo continua em uma fase técnica, razão pela qual o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, adiou várias vezes sua visita à Bolívia para negociar.
A nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia foi um dos pontos centrais do debate na campanha eleitoral brasileira, que realizará seu segundo turno no próximo domingo, um dia depois do termo fixado por Evo Morales para a assinatura de novos contratos.
Nesse dia acaba o prazo fixado pelo decreto de nacionalização que o presidente boliviano, Evo Morales, assinou em 1º de maio e que estabelece 180 dias para que as petrolíferas aceitem o novo marco legal e subscrevam seus novos contratos de operação ou vão embora do país.
"Vamos trabalhar até o último minuto do dia 28 e depois saberemos como foi", disse Villegas, assinalando que recentes negociações com petrolíferas do Equador, Rússia e Venezuela mostraram que as definições vão até o fim dos prazo fixado.
Villegas acrescentou que, por isso, a oito dias de terminar o prazo, é "muito difícil" falar sobre o desenvolvimento das negociações, porque nos últimos momentos pode haver uma aceitação ou uma desistência dos convênios propostos pelo Governo às petrolíferas.
Apesar de faltarem tão poucos dias, também "é muito prematuro falar sobre prorrogações" do data, porque o Governo e as dez petrolíferas às quais foram apresentados novos modelos de contrato estão em uma dinâmica de trabalho que contempla esse dia, disse o ministro.
Assegurou que ainda não foi consultado sobre a iniciativa da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados de ampliar o prazo em um ou dois meses, para liberar o Executivo da pressão que isso representa.
Villegas anunciou que os novos contratos incluirão acordos para saber quais companhias e que jazidas exportarão até 27,7 milhões de metros cúbicos diários de gás para a Argentina pelos próximos 20 anos.
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e Argentina, Néstor Kirchner, assinaram na ontem o acordo que prevê um negócio de cerca de US$ 50 bilhões na exportação de gás e produtos derivados, de acordo com o Ministério de Hidrocarbonetos.
Villegas destacou a importância estratégica que a Bolívia ganha ao se transformar na principal fornecedora do energético ao Brasil e Argentina, "os dois países que têm o maior consumo de gás" na América do Sul, e com a possibilidade de assinar acordos similares com o Paraguai e o Uruguai.
Segundo o ministro, isto não exclui que a Bolívia continue sua participação nos estudos sobre o projeto denominado Gasoduto do Sul, impulsionado pela Venezuela, que tem como o objetivo de prover com gás venezuelano aos mercados argentino e brasileiro.
Com a Petrobras, o diálogo continua em uma fase técnica, razão pela qual o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, adiou várias vezes sua visita à Bolívia para negociar.
A nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia foi um dos pontos centrais do debate na campanha eleitoral brasileira, que realizará seu segundo turno no próximo domingo, um dia depois do termo fixado por Evo Morales para a assinatura de novos contratos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/266947/visualizar/
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