Quadrilha criminosa de fraudadores bancários sacava dinheiro por controle remoto

Um equipamento inédito chamou a atenção dos agentes da Polícia Federal durante a Operação Ciclone, que foi deflagrada na madrugada desta sexta-feira, e prendeu 36 membros de organização criminosa de fraudadores bancários que atuava em todo o País. Batizado de "Disparador de Cédulas", o equipamento era instalado em caixas eletrônicos e permitia a realização de saques ilimitados à distância, acionado por controle remoto.

Segundo o delegado Roger Lima de Moura, o equipamento foi desenvolvido a partir do roubo de caixas eletrônicos. De posse dos caixas, a quadrilha dominou a tecnologia, monitorando a automatização da máquina na hora em que o dinheiro solicitado pelo cliente era entregue. Deste modo, usando cartões de contas laranjas ou clonadas os golpistas podiam retirar grandes quantias em dinheiro dos caixas eletrônicos.

Segundo revelou um agente da Polícia Federal de Minas Gerais, que pediu para não ser identificado, cinco integrantes do grupo atuavam na capital mineira realizando saques de grande montante usando o equipamento desenvolvido.

Segundo o Superintendente da Polícia Federal no Ceará, Manoel Trajano Duailibe, a quadrilha já deixou um prejuízo estimado em R$ 80 milhões e alertou as pessoas para evitarem acessar e-mail de desconhecidos, pois são esses que acabam dando margem à invasão de contas pela Internet que são usadas pelas quadrilhas. Atuação da quadrilha foi monitorada no Ceará, Minas Gerais, Rio, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte.