Pai do bebê de um mês que morreu após ter sido jogado no chão, Marcelo da Silva Corrêa, de 21 anos, disse que a mulher dele, de 13 anos, foi quem causou a morte do filho do casal, na sexta-feira (1º) à noite. Segundo ele, a garota estava muito nervosa durante uma briga que estavam tendo. "Ela jogou a criança no chão por nervosismo, raiva. Ela não tem atitude de mulher", declarou, após prestar depoimento à Polícia Civil. A família morava no Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá.
Ele foi levado para a Penitenciária Central do Estado, antigo presídio Pascoal Ramos, e deve responder pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e ainda por estupro de vulnerável pelo relacionamento afetivo com a adolescente e mãe do bebê. Marcelo disse que, depois disso, irá se separar da adolescente. "Vou cumprir minha pena na prisão, só que não quero saber dela mais. Realmente, eu errei com a criança", declarou.
Conforme o delegado Antônio Garcia, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que conduz o inquérito, a criança aparentava as lesões pelo corpo. "Ele estava com três costelas quebradas de um lado e duas do outro lado. Também estava com o braço faturado, além do que uma lesão na parte frontal da cabeça, na testa, e na parte posterior. Essas várias lesões que foram constatadas vieram a causar a morte do bebê", explicou. O corpo foi enterrado neste domingo (3), em um cemitério do Distrito da Guia.
O bebê encontrado morto teria caído no chão durante uma briga dos pais. A suspeita é de que a mãe possa ter jogado o filho. "No decorrer dessa discussão acabou havendo uma disputa pelo bebê que se encontrava no colo da adolescente e o Marcelo tentou puxá-lo, foi quando fraturou o braço da criança. Mediante essa disputa pela criança, a adolescente acabou falando para o Marcelo que o bebê não iria ficar nem com ela, nem com ele, e jogou a criança no chão", contou o delegado Garcia.
O delegado disse ainda que os pais teriam tentado esconder a morte do menino e, inclusive, a menina teria fingido amamentar o filho por duas vezes quando a criança já estava morta. "Ela foi vista por duas vezes com o bebê no colo como se tivesse amamentando, mas, na verdade, a criança já não estava mais viva", frisou.
Os vizinhos da família contaram que a criança sofria maus tratos e já chegou a ser internada por causa disso. "Muitas vezes, ela judiou da criança e uma dessas vezes a levei no hospital. Foi dada entrada direto para a UTI", disse uma vizinha.
As circunstâncias da morte provocaram a autuação em flagrante por ato infracional da mãe do bebê, uma vez que ela é menor de idade. Ela foi encaminhada para uma casa de retaguarda até que a Justiça decida sobre seu destino devido ao risco de ser linchada caso retorne à comunidade do Distrito de Nossa Senhora da Guia.
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