Famílias das vítimas do vôo da Gol criam associação
Segundo o representante das famílias, Jorge André Cavalcanti, a associação terá representação em todos os estados onde houve vítimas. "Nosso objetivo não é interferir nas decisões individuais de cada família. Cada uma pode contratar o advogado que quiser. A associação quer apenas orientar os familiares da melhor forma possível", explicou.
Preocupações
Com cerca de 30 integrantes, a organização se chamará Associação dos Familiares e Colaboradores dos Passageiros do Vôo 1907. Conforme Cavalcanti, as famílias estão bastante satisfeitas com o trabalho da Aeronáutica, que continua no local e, inclusive, aumentou o efetivo para tentar localizar o dispositivo de comando de voz do boeing. Apesar disso, ele ressaltou que existe a preocupação com os pertences das vítimas, como celulares e documentos, abandonados e largados na mata.
"Quem vai garantir às famílias que os pertences serão devolvidos? Isso nos preocupa", salientou Cavalcanti. O representante das famílias demonstrou preocupação com a possibilidade de algum pertence ou documento cair em mãos de pessoas que possam fazer mau uso do material. "Confiamos na Aeronáutica, que não vai deixar vazar esse tipo de documento, mas imagine se isso acontecer. Não são todas as pessoas que estão que estão comprometidas. Têm pessoas que utilizam (o material) com outro intuito."
As famílias também estão solidárias com a identificação de Marcelo Paixão, única vítima não encontrada. A comissão está acompanhando junto ao Instituto de Medicina Legal (IML) do Distrito Federal os trabalhos nesse sentido.
Depois de a associação ser constituída, um dos primeiros passos será saber de que forma a Gol vai continuar prestando assistência às famílias. "Até agora a Gol tem agido de forma muito decente com todos. Mas e agora? Serão que eles vão manter esse plano de saúde que eles falaram que iriam dar para os familiares, nos casos de cônjuges e pais. O que eles prometeram vai existir? Eu quero saber", questionou Cavalcanti.
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