Parceria entre escola e comunidade melhora preservação ambiental
A reflexão de Débora foi feita para 60 pessoas, entre professores, alunos e membros da comunidade, que serão mediadores do Projeto de Educação Ambiental (PrEA) nos municípios de Juara, Tabaporã, Porto dos Gaúchos e Novo Horizonte do Norte (localizados a 690 km, 643 km, 644 km e 663 km de Cuiabá respectivamente). Eles estão participando, em Juara, da Formação Continuada em Educação Ambiental do projeto PrEA da Seduc, que iniciou ontem e termina hoje (20.10).
Ao falar para os participantes, a coordenadora fez o resgate do surgimento do PrEA, que é a política de Educação Ambiental implantada pelo atual Governo e consta no planejamento estratégico Escola Atrativa. “A meta para 2006, era formar 340 multiplicadores em todo o Estado. Mas, até o final do ano vamos atingir 1.300 multiplicadores do projeto. Isso, porque trouxemos para as formações membros da comunidade e alunos”, explica Débora.
A inserção de membros da comunidade nas formações, que antes eram dirigidas apenas à comunidade escolar, foi um grande passo para construção de Projetos Ambientais Escolares Comunitários (PAECs). “A escola é uma extensão da comunidade, mas precisamos trazer a comunidade para protagonizar o processo de construção, valorizando os saberes locais”.
Para implementar a Educação Ambiental na escola, conforme Débora, se deve agregar todas a ciências, considerando o caráter transdisciplinar. “A Educação Ambiental deve ser trabalhada em todas as áreas do conhecimento em conjunto”, afirma a coordenadora. O segundo passo, é trazer a comunidade para discussão, para fazer com que todos sejam agentes transformadores. “Alunos, professores e a comunidade devem ser os protagonistas de ações voltadas para conservação e preservação do Meio Ambiente”, acrescenta.
Para que essa junção – comunidade escolar e comunidade em geral - seja de sucesso na operacionalização dos PAECs, algumas considerações devem ser observadas. Entre elas: ter o compromisso de promover a inclusão e equidade social; verificar o potencial de cada agente e recursos para desenvolver os projetos; analisar os possíveis obstáculos; encontrar soluções; definir as ações – metodologia, estratégia, cronograma, potencial humano, pessoas a serem envolvidas; levantar e socializar os resultados; superar as ações pontuais; ampliar os horizontes – existem redes de discussão na Internet e em Mato Grosso, como o Redescola e o Remtea;0 e procurar parcerias.
Exemplo
Débora destaca que a união entre a comunidade escolar e a sociedade pode se dar também com apoio de organizações não-governamentais. Um exemplo é o projeto desenvolvido pela Escola Estadual “Deputado Domervil Faria” em parceria com o Grupo Pró-Ambiental (GPA), em Pontes e Lacerda. O projeto levou a discussão Ambiental para a escola, por meio de teatro de fantoches, reuniões de sensibilização, Semana do Meio Ambiente e aulas de campo.
Outro exemplo citado durante a conferência foi o projeto da Escola Estadual “Norberto Schwantes”. A unidade envolveu os membros da comunidade no projeto “Mudança de postura frente às novas concepções socioambientais”. A partir de então, o comportamento de seus integrantes começou a mudar. O projeto foi levado aos diretores de escolas municipais, foram realizadas aulas de campo, aulas com a comunidade, coleta de lixo, ciclo de palestras e até uma horta de chás foi criada.
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