Preso no RJ suspeito de ser o Maníaco do Dedo
Localizado pelos policiais em um bar na rua Coronel Matos, o suspeito teve a prisão temporária decretada pelo juiz José Acir Lessa Giordani, da 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Na delegacia, o acusado foi reconhecido por uma vítima. Segundo ela, o bandido a atacou com o rosto à mostra.
Outras cinco mulheres, no entanto, disseram que não podem fazer a identificação, já que o maníaco estava com uma camisa enrolada na cabeça na hora do ataque.
Impressões digitais Para saber se o suspeito é mesmo o Maníaco do Dedo, o delegado Roberto Cardoso vai pedir exame grafotécnico, para verificar se a letra dos recados deixados nas paredes é a mesa letra do suspeito.
Exame de impressões digitais também será pedido à perícia. "Se o resultado das provas técnicas der positivo, dou o caso por encerrado", afirmou o delegado Cardoso.
A mulher do homem preso prestou depoimento e disse que recentemente ganhou de presente do marido sapatos de salto alto. "Eu nem gosto muito", contou. A afirmação chamou a atenção da polícia, já que, em vários dos ataques, o maníaco pediu às vítimas que usassem calçados desse tipo.
O suspeito cria 12 crianças, segundo sua mulher. Sete são filhos dele, e os outros cinco, enteados. Ele trabalha como lavador de carros e faz "bicos" como pedreiro.
O homem, que negou todas as acusações da polícia, será levado para a carceragem da 52ª DP (Nova Iguaçu), onde permanecerá por 30 dias, em cumprimento à prisão temporária.
Medo na Baixada Desde que começaram os ataques do Maníaco do Dedo, o clima nas ruas da Baixada Fluminense é de medo. O local onde a situação é mais crítica é no bairro Cerâmica, em Nova Iguaçu, onde mora grande parte das vítimas do taradão.
"Evito ficar em casa sozinha. Quando fico, tranco todas as portas e janelas. A primeira coisa que faço quando chego da rua é olhar embaixo das camas e sofás. Se percebo um homem perto de mim na rua, entro em pânico", conta uma quase vítima do maníaco, que preferiu não se identificar.
Ela teve a casa invadida há três meses, e só não foi violentada porque o pai e o marido estavam em casa. Desde então, a vida do casal mudou: as janelas passaram a ter grades, o muro é protegido por cacos de vidro e um cão da raça fila fica atento no quintal.
Perto do local, duas irmãs não se lembram mais quando tiveram a última noite de sono tranqüilo. "Isso só vai acontecer quando tivermos certeza que quem está preso é mesmo o maníaco", afirmou uma delas.
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